Na sequência dos sacramentos, a Unção dos Doentes ocupa o quinto lugar, encerrando o conjunto dos cinco que dizem respeito à perfeição do homem. Os outros dois - a Ordem e o Matrimónio - dizem respeito à perfeição da sociedade.No interior dos primeiros cinco sacramentos, a Unção dos Doentes constitui um subgrupo com a Penitência, os sacramentos da cura. A Unção é a perfeição ou complemento da Penitência. Se pela celebração do sacramento da Penitência as feridas do coração são saradas e não deixam cicatrizes, pela Unção dos Doentes (Extrema-Unção) o cristão é purificado dos restos do pecado que o mantêm fragilizado e cativo do medo que a doença grave representa. Neste sentido a Unção é o sacramento do conforto e da consolação.A partir do séc. IX, generalizou-se a compreensão da Extrema-Unção como o sacramento dos moribundos e, neste sentido, fazia parte dos sacramentos da iniciação escatológica e daí a designação de Extrema-Unção. Hoje a compreensão do sacramento orienta-se mais no sentido de o ver como Unção dos Doentes (e até das pessoas muito avançadas em idade). A doença aqui considerada é a que representa uma ameaça mortal e assim a dimensão escatológica continua presente.O sacramento da Extrema-Unção/Unção dos Doentes é o sinal sensível da solicitude divina e eclesial por aqueles que sofrem, levando-lhes o conforto da comunidade, que reza por eles. Introdução
Capítulo I
A Questão Humana e Cristã do Sofrimento
1.1. O sofrimento como drama existencial
1.2. O sofrimento: problema, enigma e mistério
1.3. A tentativa de superação do sofrimento pela via filosófica
1.4. A via cristã
Capítulo II
O Pensamento de Deus acerca do Sofrimento
2.1. No Antigo Testamento
2.1.1. O sofrimento como castigo do pecado
2.1.2. O sofrimento como divina pedagogia, na literatura profética
2.1.3. O sofrimento do justo e o protesto de Job
2.1.4. Servo de Deus: sentido redentor do sofrimento
2.1.5. Macabeus: o sofrimento por causa da fé (martírio)
2.2. No Novo Testamento
2.2.1. Cristo perante o sofrimento
2.2.2. O Sofrimento do discípulo: completa o que falta às tribulações de Cristo (Col 1, 24)
Capítulo III
O Sacramento da Unção dos Doentes
3.1. Origem cristológica do sacramento da Extrema-Unção/Unção dos Doentes
3.1.1. A unção dos doentes como elemento integrante da missão apostólica
3.1.2. A prática eclesial da unção em Tg 5, 14-15
3.2. O sacramento ou o sinal sagrado na história do discernimento eclesial
3.2.1. Até ao século VIII
3.2.2. Do século ix ao Concílio Vaticano II
3.2.3. Depois do Concílio Vaticano II
3.2.4. O contributo de São Tomás
3.2.5. O Magistério da Igreja
3.3. A graça do sacramento
3.3.1. O conforto espiritual
3.3.2. A abolição dos restos do pecado
3. 3.3. A cura corporal
3.3.4. A remissão dos pecados
3.3.5. A preparação para a morte
Conclusão
Bibliografia
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