O VALOR DA GRATUITIDADE NA EDUCAÇÃO DOS JOVENS

Na minha pesquisa sobre o tema da gratuitidade, observei reacções curiosas. Perguntei numa livraria em Roma: tem algum livro sobre a gratuitidade? A resposta do funcionário foi surpreendente: acredita que isso exista?Noutra livraria, perguntei o mesmo ao que me respondeu uma senhora: que beleza! Mas também não tinha nada. Quando se inteirava deste tema, muita gente ficava admirada e dizia: é muito interessante. É formulada a pergunta de partida: de que modo o valor da gratuitidade é apropriado pelos jovens e educadores? Esta questão é colocada a um grupo de alunos, a um grupo de professores e a um grupo de voluntários. A primeira parte limita-se ao enquadramento teórico e é formada por três capítulos: o primeiro capítulo intitula-se Pressupostos, e nele apresenta-se uma análise sobre os jovens, a educação moral e a problemática dos valores; o segundo capítulo enquadra-se nas estruturas éticas que apresenta a Gratuitidade com outros nomes, como amor, como ágape, já que ultrapassa a realidade eros e a realidade da amizade. É mais do que isso: é oblatividade; o terceiro capítulo, Educar os jovens para o valor da gratuitidade, procura sugerir estratégias de educação para o valor da gratuitidade. A segunda parte deste trabalho reporta-se à investigação empírica (fundamentalmente, de âmbito qualitativo) e é igualmente constituída por três capítulos: o quarto capítulo, Aspectos gerais da pesquisa, inclui estudos realizados a partir da escala de Rokeach; no quinto capítulo, Tratamento e análise de dados, apresentam-se as prioridades e opções dos valores finais e instrumentais; o sexto capítulo, Discussão dos dados e conclusões, abarca: valores, educação para os valores, gratuitidade, educação para a gratuitidade e o voluntariado como forma organizada de se educar para o valor da gratuitidade.