ESTE É O MEU CORPO

O Século Desportivo de 30 de setembro de 1968, publicou um texto intitulado «Apologia da matéria». Nele se visitavam as raízes do desprezo espiritualista do corpo e das conceções mecanicistas do corpo humano. O autor, Manuel Sérgio, encontrava numa perspetiva cristã sobre corpo, enquanto unidade psicossomática, um dos substratos para a construção do paradigma da motricidade humana – movimento intencional e solidário de transcendência. De forma inédita, um grupo de teólogos responde ao desafio de pensar teologicamente a motricidade humana, explorando as vias abertas por Manuel Sérgio.

Índice

Introdução

Manuel Sérgio, um exegeta do corpo 

Alexandre Palma e Alfredo Teixeira

Capítulo I

O corpo, lugar da história

O escândalo da Encarnação: um possível diálogo entre fenomenologia e teologia 

António Martins

Um Deus imóvel? 34

João Manuel Duque

Admirável Corpo Novo: variações escatológicas sobre o corpo «abençodado» 

Isabel Varanda

Capítulo II

O corpo, lugar da comunidade

O corpo como metáfora comunitária: a herança paulina 

José Carlos Carvalho

O corpo e a consciência de si como ser no mundo: Manuel Sérgio, Giorgio Agamben e Hartmut Rosa 

Teresa Bartolomei e Alfredo Teixeira

Capítulo III

O corpo, lugar de trânsitos

Movimento (kínêsis) e progresso (epéktasis) em Gregório de Nissa (c. 335-c. 394) 

Isidro Lamelas

Da deambulação ritual do corpo: pobreza e motricidade na densidade do mistério 

Joaquim Félix de Carvalho

«Para que tenhas corpo»: peregrinos, vagabundos e caminheiros 

José Pedro Lopes Angélico

Capítulo IV

O corpo, lugar místico

A Fedra de Séneca e a Paixão de Santa Perpétua e de Santa Felicidade: pensar o corpo na cultura romana antiga e no cristianismo emergente 

Maria Luísa Resende e Pedro Braga Falcão

«Ora et labora»: espiritualidade da exercitação física 

Alex Villas Boas