Introdução
PARTE I – A experiência metafísica da Saudade e a visão ginástica da origem
Capítulo 1
A Alegria matinal da eterna criação
1.1. A experiência noético‑emocional da Alegria e a Vida coexistente das consciências com Deus‑Consciência: a representação analógica da primeira criação, antes de haver Tempo e História
1.2. A visão ginástica ou inversa e a acção saudosa da realidade criada: a orientação última do pensar revela o sentido da realidade temporal do Universo, como simbólica manifestação do Mistério da Origem (segunda criação)
1.3. A mistérica visão em Deus e a noção simbólica de Presença: a criação dos mundos diversos é concebida como dádiva amorosa do contínuo Acto Criador e não como necessária emanação degradativa da cisão na Origem
1.4. A distinção entre a criação temporal (ex nihilo) e a criação intemporal: a noção de contínua criação dos seres na intemporalidade do Amor de Deus e a noção de queda separatista dos mundos no tempo em que as consciências vivem em saudoso exilio do convívio fraterno do Paraíso original
Capítulo 2
A Dor da queda temporal
2.1. A experiência noético‑emocional da Dor e o acto criatural da queda originária na vida do Universo visível: a visão aginastica ou diurna das criaturas em exílio e penitência, na metafísica saudade transcendental da harmonia e identidade eterna
2.2. O saudoso desejo de integral unidade relacional: o Universo da pluralidade dos seres não é o espírito diminuído da queda divina, mas sim uma dádiva da superabundância do Amor
2.3. A noção de pessoal comunhão originária, em oposição à ideia de união‑cisão primordial: divina unidade relacional de que os homens, na sua inviolável memória, sentem solitária ausência com desejo de regresso
2.4. A Saudade como radical sentimento ontológico da livre alteridade criadora e amor super‑abundante: nela, o homem experimenta‑se, ansiando a plenitude do Ser, que presente de forma abismal como graciosa presença oculta
Capítulo 3
A Graça da acção redentora
3.1. A experiência noético‑emocional da Graça e o acto criatural de socorro da Redenção divina: a graciosa sensação da liberdade e do excesso do Espírito na dramática reconquista da Unidade perdida
3.2. A gratuidade do excesso social do Mistério do Ser sobre a razão logico‑conceptual: acção que não se esgota na objectividade do imanente direccionismo físico-químico do determinismo mecânico, mas amplia‑se ao sentido sobrenatural da metafísica e dos valores morais e religiosos
3.3. A livre sobreposição da Graça sobre a natureza: a Graça sobrenatural não se justapõe à natureza humana, por decreto divino extrínseco no panteísmo de um qualquer nexo causal, mas pela relação pessoal de livre diálogo na graciosa iniciativa do perdão e do amor que em Cristo se plenifica
3.4. A diferença entre a razão enigmática do conhecimento natural e a razão mistérica do conhecimento amoroso do lirismo metafisico: de uma razão logico‑conceptual que tende à evidência e demonstração rigorosa para uma razão simbólica que acolhe a abundância graciosa do Mistério
PARTE II – A experiência metafisico‑religiosa do Mistério e a redenção integral
Capítulo 4
A experiência síntese do diálogo entre a fé e a razão no analógico discurso teológico‑filosófico do criacionismo
4.1. A inter‑relação entre a atemática experiência religiosa e o discurso racional sobre o Misterion Absoluto de Deus: a primeira dá-se à consciência pela moral e pela fé e o segundo, sob a forma simultânea de abismal desvelamento e ocultação (Deus Absconditus)
4.2. A relação entre a fé e a razão e o triádico movimento de afirmação da existência de Deus: a atemática experiência religiosa, a depurativa análise metafísica da síntese teológico‑filosófica e a eminente síntese teórico‑existencial da participação no Misterion da Graça
4.3. A realidade transcendente e imanente de Deus Criador na relação com as suas criaturas: a acção sobrenatural da Graça, representada de forma plena pelos mistérios da Encarnação e da Ressurreição, por contraposição com a concepção naturalista e imanente do Universo
Capítulo5
A plenitude cósmica da relação entre a liberdade finita dos seres e a liberdade divina da Graça
5.1. A orientação da realidade temporal para o seu sobrenatural destino de espiritualização integral na Parusia: a continuidade entre a acção criadora e a acção salvífica do Mundo pela colaboração entre a vontade divina e a vontade humana e pela crescente unidade entre a Graça e a natureza, o Espírito e a matéria
5.2. A acção milagrosa da Graça no resgate do Universo: o Acto criador que reverte o movimento de menos ser que ia na direcção do Nada ou da Morte; a humanidade de Jesus Cristo contém em si a plena concentração de consciência e vontade divina, na Alegria do Milagre matinal da gratuita criação e da misericordiosa redenção
5.3. A reintegração do mundo na presença intemporal de Deus: os enigmas da Queda, do Mal e da Morte resolvem‑se pela reintegração da realidade temporal na social presença de Deus (cristianismo) e não pela negação da realidade transitória na extinção nirvanica do Todo (budismo)
Capítulo 6
A imortalidade integral da pessoa
6.1. A glorificação dos corpos ressuscitados: o regresso à verdadeira Unidade da convivência social da Origem de Deus vivo consuma‑ se na espiritualização dos corpos ressuscitados e não na libertação das almas,
ou espíritos puros, da relação com os corpos sujeitos ao curso entrópico do nada
6.2. O âmbito transitório e relativo do estado malévolo e infernal das almas: o carácter universal da harmonia final, por contraposição com as noções de condenação eterna e aniquilação dos ímpios, veiculadas pela maniqueia configuração mítica do real
6.3. A realidade intermédia tempo‑memoria do Alem-morte entre a morte pessoal e a ressurreição universal do Juízo final: a existência da alma concretiza‑se no sensível sistema relacional da organização corporal e a sua redenção integral plenifica‑se no reino transcendente da Graça de Cristo ressuscitado
Conclusão
Bibliografia
Índice Onomástico
Índice Analítico
Posfácio: António Braz Teixeira
Deixe um comentário