Overview

O segundo volume de Redenção e Escatologia, dividido em dois tomos, contém a investigação realizada no âmbito de um projeto interdisciplinar sobre os temas da salvação do homem e da consumação do mundo na cultura portuguesa do Renascimento às Luzes.A reflexão aborda os temas da morte, da imortalidade e da glorificação, na filosofia e na espiritualidade da cultura hebraica e da cultura cristã durante o período do Renascimento, tendo em consideração o problema da relação entre a providência divina e a vontade humana.Atende às questões da imortalidade e da justiça divina, sob a imagética do inferno e do paraíso, na filosofia e literatura do Renascimento, tendo em consideração a coexistência entre o desenvolvimento científico da época e o regresso às conceções míticas e mágicas do real. Enuncia o problema da relação entre a liberdade divina e a liberdade humana, que permanece no contexto ibérico da renovação escolástica através do debate acerca da «presciência» e da «ciência média». Evidencia as conceções apocalípticas da instauração do reino de Deus na história, que estão presentes na mundividência barroca da profecia do quinto império. Descreve as formas artísticas de representar o sentimento de imortalidade e o destino do homem após o Juízo divino do Final dos Tempos, desde o Manuelino ao Barroco. III PARTE REDENÇÃO E ESCATOLOGIA NA ARTE DO MANUELINO AO BARROCO Introdução – As imagens do Inferno, do Purgatório e do Paraíso Celestial na arte portuguesa da Idade Moderna A. A redenção e a escatologia na arte do Manuelino ao Renascimento B. O mistério da Redenção na arte do Maneirismo ao Barroco CAPÍTULO QUINTO A RESSURREIÇÃO E O PARAÍSO NA ARTE DO MANUELINO AO RENASCIMENTO 5.1. Redenção e Escatologia na Escultura do Manuelino e do Renascimento 5.2. Tomar: Nova Jerusalém? 5.2.1. Jerusalém 5.2.2. A sagração do território 5.2.3. O Santo Sepulcro 5.3. Redenção e Escatologia na pintura portuguesa do Renascimento 5.3.1. O ciclo dos grandes retábulos manuelinos, entre o final do século XV e as primeiras décadas do século XVI 5.3.1.1. O retábulo da capela-mor da sé de Lamego e o seu programa singular: Criação, Queda e Redenção 5.3.2. Imagens de redenção e escatologia na pintura portuguesa dos ciclos manuelino e joanino 5.4. A representação da Epifania na pintura do Manuelino e do Renascimento 5.4.1. A representação icónica manuelina e renascentista do contexto histórico e geográfico da narrativa da Epifania sob a imagética da adoração dos Magos 5.4.2. A adoração dos magos enquanto representação da universalidade do reino de Cristo e da unidade indissociável entre a filosofia, a ciência, a arte e a teologia, a razão, a emoção e a fé 5.5. Imagens do Paraíso no Renascimento 5.5.1. Paraíso celeste 5.5.2. O Julgamento do Paraíso 5.5.3. O Julgamento das Almas 5.5.4. Paraíso terrestre 5.5.5. O jardim do Éden e o tema da criação 5.5.6. O Paraíso terrestre na iconografia do Manuelino 5.5.7. O Paraíso na arte oriental de influência portuguesa 5.5.8. O Paraíso na arte portuguesa de influência oriental 5.6. Redenção e Escatologia no Livro de Horas dito de D. Manuel 5.6.1. Algumas precisões relativas à data, percurso e estrutura interna do Livro de Horas dito de D. Manuel 150 5.6.2. Redenção e escatologia no programa iconográfico do Livro de Horas dito de D. Manuel CAPÍTULO SEXTO INFERNO, PURGATÓRIO E CÉU NA ARTE DO MANEIRISMO AO BARROCO 6.1. Imagens de redenção e escatologia na obra de Francisco de Holanda 6.2. «Glória sobre o Tempo»: O repouso de Deus em Francisco de Holanda 6.2.1. De Aetatibus Mundi Imagines 6.2.1.1. A obra 6.2.2.Criação e Aliança 6.2.2.1. Impacto visual das imagens da Criação 6.2.3. O valor inestimável do Álbum 6.2.4. Conclusão: “Glória sobre o tempo” 6.3. A Transfiguração de Cristo e o seu simbolismo na pintura de Garcia Fernandes 6.3.1. A Transfiguração para o Homem no século XVI 6.3.2. Apontamentos biográficos do mestre Garcia Fernandes 6.3.3. Reflexão simbólica da Transfiguração na pintura de Garcia Fernandes 6.3.4. Entre o céu e a terra, a auréola luminosa que envolve Cristo: a Mandorla 6.3.5. Entre o céu e a terra, o monte Tabor como Mandorla 6.4. Um percurso escatológico do maneirismo ao proto-barroco: Gregório Lopes, Fernão Gomes, Pedro Nunes e Diogo Pereira 6.4.1. Gregório Lopes (c. 1490-1550) e a mudança antirrenascentista no programa escatológico da Ressurreição 6.4.2. Fernão Gomes (1548-1612) e um programa cristológico 6.4.3. Pedro Nunes (1586-1637) e a «Descida da Cruz» 6.4.4. Diogo Pereira (1630-1658) e uma iconografia proto-barroca do inferno 6.5. Arquitetura do Classicismo 6.6. Alcobaça e Mafra: redenção e escatologia na escultura barroca 6.7. Retábulos devocionais às almas do Purgatório 6.7.1. As almas no Purgatório 6.7.2. O Arcanjo São Miguel 6.7.3. O Senhor Crucificado 6.7.4. Nossa Senhora 6.7.5. Prenúncios do Triunfalismo Católico 6.7.6. Protobarroco 6.7.7. Barroco Pleno 6.7.8. Barroco Final 6.7.9. Rococó/Tardobarroco 6.7.10. Revivalismos 6.8. O Purgatório e a Santíssima Trindade, durante a Idade Moderna em Portugal 6.8.1. O aparecimento dos Painéis do Purgatório 6.8.1.1. A Intercessão (Déïsis) 6.8.1.2. A Escatologia – o Juízo Final Universal 6.8.1.3. A Escatologia intermédia – o Purgatório 6.8.1.3.1. Painéis com intercessão dirigida a Cristo 6.8.1.3.2. Painéis com intercessão dirigida à SS.ma Trindade 6.8.1.3.2.1. Painéis com três planos: Inferno, Purgatório e Céu 6.8.1.3.2.2. A Igreja no Céu, na Terra e no Purgatório 6.8.2. As partes constitutivas dos Painéis das Almas 6.8.2.1. Zona superior 6.8.2.1.1. A Santíssima Trindade do Saltério 6.8.2.1.2. A Déïsis 6.8.2.1.3. A Dupla Intercessão 6.8.2.2. Zona inferior 6.8.3. Os principais Santos intercessores pelos defuntos 6.8.3.1. Nossa Senhora 6.8.3.2. São Francisco de Assis 6.8.3.3. São Nicolau de Tolentino 6.8.4. A Santa Missa e as Almas 6.8.5. As Almas e o paraíso perdido 6.9. Entre o Céu e a Terra. A Escada de Jacob – Iconografia, simbologia e misticismo 6.9.1. Escada de Maria, Escada de Cristo 6.9.2. A Escada do Paraíso e a Escada mística IV PARTE O DESTINO ESCATOLÓGICO DO HOMEM NA FILOSOFIA, NA TEOLOGIA E NA ESPIRITUALIDADE DA IDADE MODERNA Introdução – A natureza e a graça na modernidade da cultura portuguesa A. A justificação e a santificação do ser humano pela fé, pelas obras de caridade e pela graça de Deus que é sua origem e fim B. Natureza e graça, razão e fé, ciência e religião, sob o ecletismo de um iluminismo católico CAPÍTULO SÉTIMO A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ E PELAS OBRAS E A IMORTALIDADE NA GLÓRIA DE DEUS 7.1. A salvação do homem para a Glória do Paraíso de Deus no pensamento teológico-moral de Ropica Pnefma de João de Barros 7.1.1. A criação do espírito e do corpo do homem para a felicidade da Glória de Deus 7.1.2. A justificação pela fé, pelos valores espirituais e morais, pelos sacramentos, e pelas obras 7.2. Gaspar Frutuoso e a saudade no caminho da redenção do homem 7.2.1. A «alegoria frutuosiana» e a redenção do homem 7.2.2. As «saudades de tanto bem perdido» 7.2.3. Do conhecimento verdadeiro e da ação virtuosa 7.2.4. A saudade e o sentido último da vida 7.3. Frei Amador Arrais e a Escatologia Ortodoxa 7.3.1. Introdução: a morte e a esperança 7.3.2. Consolação e Ortodoxia 7.3.3. Conclusão: para a salvação eterna do homem 7.4. O mar é Caminho em Diogo de Sá 7.4.1. Introdução: vida e obra 7.4.2. A Inquisição 7.4.3. O Mar é Caminho 7.4.5. Fé, Conhecimento e Tolerância 7.5. O abraço à morte para o desabraço da morte na «Arte de Orar» de Diogo Monteiro 7.5.1. A mortificação no Horeb espiritual 7.5.2. Os dois olhares para a morte 7.5.3. A morte como definidora 7.5.4. Palavras em remate 7.6. Eva e Ave: anagrama da Redenção em António de Sousa Macedo 7.6.1. Biografia 7.6.2. Que lugar ocupa Maria na teologia seiscentista? 7.6.3. Estrutura, fontes e temas de Eva e Ave 7.6.4. A desobediência de Eva e a obediência de Maria 7.6.5. Conclusão: «levantado em Ave’» 7.7. D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666) um inquérito com apontamentos escatológicos à margem 7.8. O céu de Violante: uma tensão escatológica entre já e ainda não 7.9. Bartolomeu de Quental, pregador da redenção do homem 7.9.1. Vida e obra pela reforma interior 7.9.2. Os enganos do mundo 7.9.3. Memória da morte e reforma da vida 7.9.4. Visão escatológica da vida 7.10. Frei António das Chagas: temporalidade, imperfeição da alma e união com o divino 7.11. Padre Manuel Bernardes. Os últimos fins do homem. Salvação e condenação eterna 7.11.1. Introdução: vida e obra de oratoriano 7.11.2. Salvação e condenação 7.11.3. Conclusão: à mercê da luta entre Deus e o Diabo CAPÍTULO OITAVO NATUREZA E GRAÇA, CIÊNCIA E FÉ SOB O ECLETISMO DE UM ILUMINISMO CATÓLICO 8.1. O Iluminismo Redentor de Verney à Luz das Cartas Italianas 8.1.1. Um messias cultural num iluminista católico 8.1.2. Sobre a Perseguição Jesuítica 8.1.3. Sobre a Reforma da Inquisição e outras felicidades futuras 8.1.4. O filósofo cristão, o ideal do progresso e as objeções à física dos jesuítas 8.1.5. Conclusão: o ideal de modernizar a nação portuguesa 8.2. A redenção da queda no pecado original e a herança da vida eterna, pela Lei Natural e pela Graça sobrenatural, no pensamento do Pe. Teodoro de Almeida 8.2.1. Vida de especulação científico-filosófica, de oração, de ação pastoral e de orientação espiritual 8.2.2. A Natureza como meio para Deus 8.2.3. A beleza criada é um reflexo da beleza divina 8.2.4. A redenção da condição de pecado original por Graça de Deus e por colaboração livre do homem no entendimento para a verdade e na vontade para o bem 8.2.5. A graça divina da salvação pelo batismo e o fogo vingador da outra vida para os condenados 8.3. A justiça de Deus: a salvação e a condenação eternas em Frei José Mayne 8.3.1. O legado da relação entre a fé e a ciência 8.3.2. A verdade da imortalidade fundamenta-se na lei natural e é extraída da razão 509 8.3.3. A justiça divina: salvação e condenação eternas 8.3.4. A salvação imortal das almas é certificada por razões de conveniência 8.3.5. A demonstração racional da imortalidade da alma apartada do corpo 8.3.6. As almas são distintas da substância divina e não foram criadas antes da existência dos corpos 8.4. A Ciência e a Missão do Clero em Frei Manuel do Cenáculo: as Luzes dos Estudos Físicos e da Fé 8.4.1. A Natureza, espelho de Deus 8.4.2. A física teológica setecentista 8.4.3. A matemática, linguagem da realidade 8.4.4. A Natureza naturante e a Natureza naturada 8.4.5. O finalismo utilitário da Natureza 8.4.6. A valorização do estudo da Natureza e a missão social do clero 8.4.7. Conclusão: por um ideal de reformismo e pedagogismo 8.5. Inácio Monteiro e o Iluminismo Jesuítico na Diáspora 8.5.1. O espírito iluminista de Inácio Monteiro 8.5.2. A obra científico-filosófica 8.5.3. Da filosofia como ciência divina 8.5.4. Existe uma Escatologia em Inácio? 8.5.5. Da imortalidade da alma humana 8.5.6. Conclusão: atualização do saber científico em diálogo com a segunda escolástica 8.6. António Pereira de Figueiredo, o jansenismo e a controvérsia teológica com os jesuítas 8.7. Manuel Álvares e o Novo Sistema da Criação 8.7.1. Manuel Álvares e as origens do Iluminismo do Oratório 8.7.2. A Lógica e a Verdade 8.7.3. A Criação, figura da Redenção 8.7.4. Conclusão: conciliação entre a religião e a ciência 8.8. O mistério da Ressurreição em Silvestre Pinheiro Ferreira 8.8.1. Breve biografia do filósofo 8.8.2. O Mistério da Ressurreição 8.9. A redenção do homem pela correlação entre o mérito das obras e a graça do Espírito divino na Teodiceia de Silvestre Pinheiro Ferreira 8.9.1. A cisão entre a razão e a revelação e a necessidade da analogia para o discurso sobre Deus 8.9.2. A experiência da misericórdia infinita de Deus e da esperança na justiça da vida escatológica pela graça da ação redentora do Espírito de Cristo ressuscitado 8.9.3. A distinção entre a visão grega da imortalidade da alma e o mistério cristão da ressurreição do corpo, para a condenação e para a salvação eternas 8.9.4. A escatologia intermédia do purgatório, entre a morte terrena e o dia do juízo final, e os sufrágios como meios de abreviar a expiação 8.9.5. A justificação pela gratuidade da graça e pelo mérito das obras Bibliografia – Fontes e estudos

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9789725405857

Ficha de dados

ISBN
9789725405857
Data
02-2018
Edição
Editora
UCE
Páginas
600
Dimensões
16x230x35 mm
Tipo de produto
Livro
Idioma
Português
Coleção
Biblioteca de Investigação
Classificação temática
Artes e Humanidades » Filosofia
Coord./Org.
Coordenação: Samuel Dimas | Renato Epifânio | Luís Lóia
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