O TEMPO DE JESUS

Falar do ‘tempo de Jesus’ e analisar todo o ambiente que o rodeia, as realidades sociais e políticas que preenchem o seu mundo, o contexto religioso dos grupos e movimentos que lhe são contemporâneos, tendo em conta as estruturas judaicas da época e as respetivas Instituições que marcam a identidade do judaísmo de então é, não só uma aventura apaixonante, mas principalmente um desafio que nos preenche e motiva. Para além do fascínio da Sua pessoa e da Sua mensagem, fazer esta aproximação a Jesus é entrar num universo de inquietações e motivações que não conhece paralelo, seja em que época for ou com qualquer outra personalidade histórica. O ‘Tempo de Jesus’ é um tempo cheio de vivências que motivam qualquer leitor, seja ele crente ou não. Caso o seja, isso acresce às motivações de caráter social e cultural, também as de teor religioso e espiritual, possibilitando desta forma compreender ainda melhor uma das épocas mais ricas e determinantes de toda a história da Humanidade. Prefácio Siglas e Abreviaturas Introdução e contexto 1. O questionamento da época 2. Fontes históricas para o estudo do período intertestamentário 3. As literaturas judaicas do período intertestamentário 3.1 A literatura apocalítica e pseudoepigráfica 3.1.1 Da Lei escrita (Torah) à Lei oral – que relação? 3.1.2 Fundamentação bíblica dos textos apocalíticos 3.1.3 Como caraterizar os textos apocalíticos? 3.1.4 O sentido da História 3.1.5 Importância da literatura apocalítica 3.2 A literatura de Qumran de matriz sectária 3.3 A literatura rabínica de caráter normativo 3.3.1 O significado e a importância da designação “rabínica” 3.3.2 As “escolas” de Shammai e Hillel CAPÍTULO I - O mundo político do período intertestamentário 1. Os precedentes históricos da época 2. Situação social e política do período intertestamentário 3. A geografia histórica do tempo de Jesus 3.1 Consequências da conquista romana de Jerusalém (64 a.C.) 3.2 Da conquista romana à formação do reino de Herodes (63 a 37 a.C.) 3.3 A política de Júlio César em relação à Palestina 3.4 A política de Antípatro e de seus filhos 3.5 O governo e a queda de Antígono (40-37 a.C.) 4. O reino de Herodes 4.1 O período de 37 a 26 (a.C.) 4.2 O período de 25 a 14 (a.C.) 4.3 O período de 13 a 4 (a.C.) 4.4 Os últimos tempos do monarca 5. A geografia histórico-política ao tempo dos filhos de Herodes 5.1 O governo de Arquelau 5.2 O governo de Antipas 5.3 O governo de Herodes Filipe 6. A geografia histórico-administrativa do tempo do Novo Testamento – os dados dos Evangelhos 7. A resistência nacionalista e a anexação da Judeia sob controlo militar – (ano 6 d.C.) 8. As ‘cidades gregas’ e o enfraquecimento do poder religioso CAPÍTULO II - As coordenadas económicas e sociais Introdução 1. O ambiente económico e social da época 2. A situação social ao tempo de Herodes 3. A Revolta de 70: que consequências? CAPÍTULO III - As instituições judaicas Introdução 1. A centralidade das ‘instituições’ 2. As competências e representatividade das ‘instituições’ 3. As ‘instituições’ mais representativas 3.1 O Templo 3.1.1 Fontes para o estudo do Templo 3.1.2 O Templo – um pouco de história 3.1.3 A identidade do Templo 3.1.4 Local do santuário – os sinais da escolha de Deus 3.1.5 A centralidade teológica do Templo 3.1.6 O Templo à época de Jesus 3.1.7 Considerações complementares sobre o Templo 4. O Sinédrio 4.1 As origens do Sinédrio 4.2 O Tratado Sanhedrin da Mishná 4.3 O Sinédrio e os cristãos 5. O Sacerdócio 5.1 Fontes para o estudo do sacerdócio 5.2 História e teologia do sacerdócio 5.3 O sacerdócio e as suas genealogias 5.4 Sacerdotes e levitas 5.5 O sacerdócio no período intertestamentário CAPÍTULO IV - O judaísmo em contextos de diáspora Introdução 1. Origem e causas da diáspora judaica 2. A diáspora em terras do Egito 3. A expansão do helenismo e a diáspora oriental CAPÍTULO V - Grupos e movimentos religiosos Introdução – um judaísmo pluralista 1. Os Fariseus 1.1 Significado do nome 1.2 Elementos doutrinais 2. Os Saduceus 3. Os Essénios 3.1 A origem do grupo dos essénios 3.2 Os Essénios – um movimento plural 3.3 Fontes históricas sobre os essénios 3.4 A comunidade de Qumran e a sua história 3.5 A vida ‘quotidiana’ da Comunidade 3.6 A comunidade de Qumran e as suas doutrinas 3.7 Alguns princípios da hermenêutica de Qumran 3.8 Os manuscritos de Qumran 4. Os Zelotas 5. Grupos e movimentos apocalíticos CAPÍTULO VI - As teologias do judaísmo intertestamentário 1. A “santificação do Nome” como afirmação da identidade 1.1 A afirmação da identidade como oposição 1.2 A fundamentação teológica da identidade judaica 1.3 O estudo e a prática da Lei – contributo à identidade judaica 2. A vivência da misericórdia como forma de estar no mundo 2.1 A linguagem bíblica da misericórdia 2.2 A hesed (misericórdia) como testemunho de identidade 2.3 Israel, um povo que se identifica pela misericórdia 3. O messianismo como ‘prospetiva’ de futuro 3.1 O messianismo – uma esperança no plural 3.2 A esperança de um messias meta-histórico CAPÍTULO VII - O culto e a oração Israel celebra e ora ao seu Deus 1. O enquadramento do culto judaico 2. As festas judaicas 3. As festas judaicas e o Novo Testamento 4. A oração judaica – algumas orações significativas do judaísmo CAPÍTULO VIII - A Sinagoga, a Escritura e a Comunidade 1. As origens da Sinagoga 2. A Sinagoga: que competências? 3. A Torahna Sinagoga 4. A relação entre Seder (leitura da Lei) e Haftarah 5. Os sentidos da Escritura na Sinagoga 6. Tradução ou interpretação da Escritura, na Sinagoga? 7. A Escritura e as Escolas – Lei 0ral e Lei escrita CAPÍTULO IX - Olhar o mundo judaico a partir do Novo Testamento 1. Olhar a realidade social e política a partir dos Evangelhos 2. Jesus, um “mestre” da Escritura 3. A Carta aos Hebreus – um texto no limite hermenêutico Apêndices Bibliografia