O PENSAMENTO MODERNO EM PORTUGAL

Traços Emblemáticos

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Overview

Na primeira metade do século XIX, quando na Europa o “pensamento moderno” já era afirmado de forma declarada, Portugal era ainda um país “escolástico” e “antigo”, regendo-se pelas instituições e pelos valores medievais da “societas christiana”. Em boa verdade, só com Amorim Viana, através da publicação de Defesa do Racionalismo ou Análise da Fé (1866), é que os portugueses conhecem o “pensamento moderno”. O Pensamento Moderno em Portugal: Traços emblemáticos visa contribuir para um conhecimento mais profundo do modo como o País efectuou, durante os séculos XIX e XX, a transição do “pensamento antigo” para o “pensamento moderno”, muito designadamente a nível do regime político, da concepção da filosofia e da afirmação da religião. Cumprindo tal objectivo mediante o recurso ao pensamento de autores como o cardeal Saraiva, Amorim Viana, Teófilo Braga, Antero de Quental, Sampaio (Bruno), Leonardo Coimbra, José Marinho, António Quadros e M. Álvaro V. de Madureira, O Pensamento Moderno em Portugal: Traços emblemáticos não deixa de conotar ao mesmo tempo o processo de afirmação do “pensamento moderno” em Portugal por excelência com a figura de Sampaio (Bruno).

Índice 

Prólogo 

SECÇÃO PRIMEIRA

A INSTAURAÇÃO DO REGIME REPUBLICANO: DA MONARQUIA ABSOLUTA

AO CONSTITUCIONALISMO MONÁRQUICO E À REPÚBLICA

Capítulo I. 

A revolução liberal portuguesa e a transição da monarquia absoluta para o constitucionalismo monárquico: o pensamento e a ação do cardeal Saraiva

A revolução liberal portuguesa e o conflito entre o Estado e a Igreja 

. Um conflito de natureza política e religiosa 

. Razões do conflito: a economia e o “regalismo” 

Para a compreensão do confl ito: a história e o pensamento 

. O “regalismo” 

. “Potestas directa” e “potestas indirecta” 

. A “societas perfecta” 

O cardeal Saraiva, a revolução liberal portuguesa e as “relações” do Estado e da Igreja: ação e magistério

. De monge e académico a bispo político-liberal 

. A conceção “regalista” das “relações” do Estado e da Igreja a nível da posição e do magistério do cardeal Saraiva 

Capítulo II. 

O regime republicano e a República como essência da filosofia política de Sampaio (Bruno)

O lado bibliográfico de Sampaio (Bruno) 

O regime republicano e a “República” no pensamento político de Sampaio (Bruno)

Um pensamento político-republicano de referência místico-metafísica: uma “República divina”

SECÇÃO SEGUNDA

A CONCEÇÃO “POSITIVA” DA FILOSOFIA: DA METAFÍSICA TRADICIONAL

À FILOSOFIA POSITIVA, À FILOSOFIA CRIACIONISTA E À METAFÍSICA MÍSTICA

Capítulo I. 

A conceção “positiva” da Filosofia no pensamento de Teófilo Braga

A “Philosophia positiva” como “monística” ou “synthese objectiva dynamica”: a metafísica e a teologia para além da “Philosophia positiva”

A essência histórica e mítico-simbólica da Religião 

. A “origem primordial” como génese da religião a referencialidade metafísico-transcendente da religião

. A Ciência e o método histórico-comparativo como instrumento da conceção “positiva” da Filosofia

Capítulo II.

 A conceção “positiva” da filosofia do Direito no pensamento de Teófilo Braga

Duas fases na filosofia do Direito de Teófilo Braga 

A conceção da filosofia do Direito na fase poético-simbólica 

A conceção da filosofia do Direito na fase da “Philosophia positiva” 

Capítulo III.

A “Philosophia positiva” como “Filosofia criacionista” no pensamento de Leonardo Coimbra: a realidade” como “razão” e “experiência”

A “Questão Universitária” ou o problema da transferência da Faculdade de Letras de Coimbra para o Porto

O “criacionismo” como síntese construtiva do ser e do pensamento 

“Filosofia criacionista” e teoria da relatividade de Einstein: duas teorias de importância análoga, segundo Leonardo Coimbra

Capítulo IV

A “Philosophia positiva” de Leonardo Coimbra como “Filosofia criacionista”: o problema da originalidade da conceção

O problema da originalidade da “Filosofia criacionista” de Leonardo na análise dos autores A. Alves, M. Ferreira Patrício, A. Braz Teixeira, M. Cândido Pimentel

Perspectivas “criacionistas” do ser e do pensamento nas conceções filosóficas de Hamelin e de Poincaré

Perspetivas “criacionistas” do ser e do pensamento na conceção filosófica de Sampaio (Bruno)

Ousando uma síntese conclusiva 

Capítulo V

Da metafísica do ser à ontologia do espírito como metafísica mística: o mistério da “cisão” do “insubstancial substante” como fundamento do ser e do pensamento

Da “cisão” como essência do “insubstancial substante” à “cisão” do “insubstancial substante” como “enigma e mistério do ser” e como “enigma do pensamento e da verdade”

A “cisão” do “insubstancial substante” como fundamento da substituição da metafísica do ser pela metafísica como “ontologia do espírito”: uma “metafísica mística”

Uma relação de interdependência entre a filosofia e a teologia ou a religião

SECÇÃO TERCEIRA

A AFIRMAÇÃO DA RAZÃO NA RELIGIÃO: DA RAZÃO COMO SERVA

DA REVELAÇÃO À RAZÃO ILUSTRADA, À RAZÃO GNÓSTICA E AO “ESPÍRITO” NA HISTÓRIA

Capítulo I.

A “Razão” como medida da “Revelação” e da “Religião”: uma conceção “ilustrada” da “Razão”

Religião cristã sem “milagres” e sem “dogmas” 

A “Razão” como instância da afirmação de Deus e da “Religião” 

A “Revelação” nos limites da “Razão”: a “Religião” como “convicção racional” ou “religião da Razão”

As “ideias inatas” como fundamento da “Razão ilustrada” e da “religião da Razão”

A “religião da Razão” como “religião da Razão moral” 

Capítulo II. 

A religião da “Razão gnóstica”: uma filosofia de “razão” e de “mistério”

António Quadros, pensador da identidade portuguesa 

António Quadros e a filosofia da História 

A “verdade portuguesa” e o “destino português de Portugal” 

A “Razão” e o “Mistério” no pensamento de António Quadros e de Sampaio (Bruno): uma leitura comparada

. A “Razão” em António Quadros e em Sampaio (Bruno) 

. O “Mistério” em António Quadros e em Sampaio (Bruno) 

Capítulo III.

 A Religião como “Religião da Razão”:  um “mysticismo idealista”

A religião cristã como “catolicismo ilustrado” 

A religião como “sincretismo” histórico-simbólico de mitos, de crenças e de doutrinas antigas

A religião como misticismo da razão e do transcendentalismo 

A religião como “mysticismo idealista” ou “Religião da Razão” 

Amorim Viana, Teófilo, Antero, Sampaio (Bruno)

Bruno, o coroamento do processo de evolução

Capítulo IV. 

O “Cristianismo” como “Espírito” na história: o “Espírito” e as “formas” no “Cristianismo”

Do “Cristianismo” administrativo-constitucional 

ao “Cristianismo” do “Espírito” sob “formas” históricas: no “Espírito” na história

A Igreja como “Espírito” na história: uma Igreja do “Espírito” e do “Mistério” de Deus no mundo dos homens

Bibliografia 

Índice Onomástico 

Índice Sistemático 

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Detalhes do produto
9789898366900

Ficha de dados

ISBN
9789898366900
Data
12-2015
Edição
Editora
UCP | Porto
Páginas
365
Tipo de produto
Livro
Idioma
Português
Coleção
Fora de Coleção
Classificação temática
Artes e Humanidades » Filosofia
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