A RÁDIO ECCLESIA E A RELAÇÃO COM OS PODERES POLÍTICOS

Índice Geral

Índice Geral

Abreviaturas 

Agradecimentos 

Apresentação por †José Manuel Imbamba 

Prefácio por Nelson Costa Ribeiro 

Introdução 

Metodologia e Processo de Investigação 

As Fontes Documentais 

Estrutura da Tese 

Capítulo I

Igreja, Poder Político e Rádio Católica 

1.1. Igreja, media e poder político 

1.2. Rádio Católica: vocação missionária, promoção da justiça e da paz 

1.3. Emissora Católica: «o púlpito moderno» e o serviço às pessoas 

Capítulo II

A Rádio no Contexto da Angola Colonial e as Relações com o Poder Político 

2.1. Cultura oral angolana e aceitação da rádio 

2.2. Estações emissoras: serviço público e suporte do poder colonial

2.3. A rádio como «força política» nacional e como difusora de ideários políticos 

Capítulo III

Rádio Ecclesia: Contexto de Fundação, Linha Editorial e Alinhamento Político 

3.1. Contexto de fundação da Rádio Ecclesia: jornal O Apostolado e a Concordata 

3.2. Rádio Ecclesia: fundação e linha editorial missionária, patriótica e civilizadora

3.3. Uma grelha de programas ao «Serviço de Deus e da Pátria» 

3.4. O debate em torno das receitas publicitárias e da performance da Rádio Ecclesia 

3.5. Alinhamento com o poder político e com as Forças Armadas Portuguesas 

3.6. Contrariedades com o poder político: a fiscalização à Emissora e a expansão das emissões 

Capítulo IV

A Rádio Ecclesia e a Independência de Angola: da Conversão da Estação ao Conflito entre a Igreja e o Poder Político 

4.1. Posicionamento «político» da Igreja e «conversão» da Rádio Ecclesia 

4.2. Emissora Católica de Angola, difusora da ideologia marxista 

4.3. O incidente de 27 de maio e o silenciamento da Rádio Ecclesia 

4.4. Conflito Igreja-Poder Político. Nacionalização da Rádio Ecclesia 

Capítulo V

Silenciamento, Regresso das Emissões e Novo Conflito com o Governo 

5.1. Acontecimentos durante o silenciamento 

5.2. A restituição das instalações, reabertura das emissões e detenções de jornalistas 

5.3. A grelha de programas e as intimidações a jornalistas 

5.4. Performance técnica e conflito com o Governo 

5.5. A batalha pelo Centro Emissor do Kazenga 

5.6. O aliciamento a jornalistas e as tentativas de aproximação ao poder político 

5.7. O projeto de expansão nacional das emissões

Capítulo VI

Bloqueios à Expansão da Rádio Ecclesia, Acordo-Quadro e Abertura das Rádios Diocesanas 

6.1. A controvérsia em torno da expansão nacional das emissões 

6.2. A reação dos Bispos aos bloqueios impostos pelo Governo 

6.3. A Persistência do Diferendo entre a CEAST e o Governo 

6.4. O agravamento do conflito entre a CEAST e o poder político 

6.5. A nova Lei de Imprensa e a resposta da CEAST 

6.6. A criação das Rádios Diocesanas e o Acordo-Quadro 

Conclusão 

Bibliografia 

1. Trabalhos Publicados (Livros, Dissertações, Revistas) 

2. Documentos da Igreja 

3. Jornais

4. Cartas e Ofícios 

5. Relatórios e Diários da República 

6. Fontes Sonoras 

7. Webgrafia 

António Estêvão oferece aos leitores uma visão pormenorizada e a partir do interior sobre as relações entre a Igreja, a Rádio Ecclesia, o estado colonial em Angola e o estado angolano independente. Nestas páginas encontramos uma Igreja desagregada, uma instituição feita de pessoas, de compromissos, de valores e visões, que nem sempre concordam, mas que, podem ser uma mais-valia e um ponto forte. Revela-nos a complexidade da instituição, os seus atores e a sua luta para melhorar as condições de vida do povo angolano. 

Marissa Moorman, 

Professora, University of Wisconsin-Madison

António Estêvão realiza uma minuciosa recuperação de dados em torno do relevante tema escolhido: poder político, religião e comunicação. Estabelece o foco nas transformações da Rádio Ecclesia, em Angola, do colonialismo ao regime multipartidário. O cruzamento entre história e comunicação identifica os pontos de convergência, especialmente porque ao ter como objetivo recuperar os factos da emissora em questão faz a ponte com os diferentes momentos políticos. Este livro descreve a resiliência histórica da emissora católica angolana e dos seus líderes, demonstra o paradoxo entre cooperação institucional e conflito na relação governo/igreja.

Mágda Rodrigues da Cunha 

Professora, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul