Across the East and the West
Alito Siqueira | Ana Firmino | Anabela Mendes | António Bracinha Vieira | C. J. Davees | Delfim Correia da Silva | Ines G. Županov | Ishrat Syed | Kalpana Swaminathan | Koshy Tharakan | Maria Araujo Fonseca | Maria de Lourdes Bravo da Costa Rodrigues | Newman Fernandes | Nuno Felix da Costa | Raquel Nobre Guerra | Sebastião Iken | Sharon D’ Cruz | Tiago de Morais
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O percurso que trilhámos neste terceiro momento do nosso projecto dedicado a Garcia de Orta e a Alexander von Humboldt levou-nos à escolha de um lugar de privilégio para a realização do Colóquio de 2008, inspirada em afinidades mantidas vivas por rememorações colectivas mas entrançadas por iniciativas futuras.Com a escolha de Goa quisemos ousar um gesto pleno de significado para com alguém que no séc. XVI, tendo sido um português sábio até ao fim dos seus dias, se fundiu com terras da Índia por mais de três décadas, e de tal maneira, que aí se deixou morrer. Esta opção pôde ainda tornar-se em diálogo para com a nossa identidade colectiva de europeus, e de portugueses, e com tudo aquilo que hoje, mais do que antes, constitui uma evidência identitária da Índia ? a sua fulgurante modernização sem que a história tenha sido suspensa. De certo modo, recortámo-nos todos num painel de múltiplas sensibilidades e conhecimentos para indagarmos junto de uns e de outros sobre o que nos era comum, o que fazia a nossa diferença e fundamentalmente sobre o que nos levara a caminhar em conjunto.Honrámos em Orta valores e princípios que continuamos a defender para nós: tolerância, integridade intelectual, cosmopolitismo, amor à liberdade, devoção pela aprendizagem científica, humanismo. Foram também estes os caminhos que Humboldt designou como seus e que a sua vasta obra como cientista e filantropo jamais poderia ter ignorado. No campo ontológico e ético irmanaram-se um ao outro como um corpo sem mutilações.A deriva asiática por que optámos determinou que desta vez fosse Garcia de Orta a fornecer maior inspiração para os estudos que agora vêm a público. Pisávamos o território que albergara o botânico e médico de quinhentos, aí encontráramos inspirados investigadores que sem hesitação aceitaram partilhar com os colegas europeus saberes que não nos eram tão familiares. A falha de equilíbrio entre Orta e Humboldt acabou por ser preenchida com ensaios versando temáticas afins, igualmente atraentes e vivificadoras no espaço de um Colóquio transdisciplinar e transversal.
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