Afonso Aroso Louro | Ana Bárbara | Ana Forjaz de Lacerda | Ana Isabel Fraga Oliveira | Ana Isabel Morais Montoito | Ana Rita da Conceição Pereira | André Novo | Bárbara Barroso | Cândida Ferrito | Cármen Jimenez | Celina Neto | Cláudia N. F. Borges Pinheiro | Emanuela Maldonado | Eva Madalena Canha Ferreira | Fernando Augusto Coelho Rosa | Francisco Pacheco Vaz Antunes | Gualter Cruz | Hélder Fernandes | Inês Vaz Dias da Silva | João Matos de Barros | Luiza Barros do Carmo | Manuel Guimarães | Manuel Luís Vila Capelas | Margarida Pereira da Silva | Maria Alice dos Santos Curado | Maria do Carmo Bustorff-Silva | Marta Yarynych | Sara Reis | Sérgio Miravent | Sónia Cristina Fernandes | Sónia P. Rodrigues Bastos | Susana Sofia Abreu Miguel | Valquiria Cardoso Alves Chagas
A obesidade é um problema major de Saúde Pública, considerada pela OMS a epidemia silenciosa do século XXI. Doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, afecta homens e mulheres de todas as raças e idades,e está associada a taxas elevadas de morbilidade e de mortalidade, pelas suas repercussões metabólicas e cardio‑vasculares, de que pela sua importância e prevalência se destacam a diabetes e a hipertensão arterial. Deve‑se sublinhar ainda, que, depois do tabagismo, a obesidade é actualmente aceite como sendo a segunda causa de morte passível de prevenção. Em Portugal, a prevalência de indivíduos com peso excessivo aumentou de 49,6% em 1998 para 53,6% em 2005. Importa ainda, referir a elevada e preocupante prevalência da obesidade na criança e no adolescente, e a necessidade da sua prevenção neste escalão etário através de medidas activas, que incluirão certamente processos de educação para a saúde. O número de trabalhos sobre a obesidade é crescente, permitindo uma melhoria do conhecimento sobre os factores genéticos, metabólicos e ambientais com influência na génese da doença. O arsenal de possibilidades de tratamento da doença tem também aumentado, nomeadamente com a disponibilidade de novas técnicas cirúrgicas e endoscópicas. Esta é, pois, uma patologia que deve ser prevenida e convenientemente tratada, devendo considerar‑se a sua prevenção e tratamento uma tarefa multidisciplinar. A intervenção do endocrinologista, do psiquiatra, do cirurgião, do psicólogo ou do especialista em nutrição, permite uma metodologia correcta de actuação numa doença com origem multifactorial. Os recentes avanços da epidemiologia, da fisiopatologia e do tratamento da doença, estiveram no centro do debate que o Encontro “A Obesidade – uma visão multidisciplinar” permitiu concretizar. Em face do seu interesse, fomos levados a encarar a publicação dos trabalhos que nos foram remetidos, num suplemento dos Cadernos de Saúde, a exemplo do que fizemos com os textos da reunião que organizamos em 2009 sobre “Infecção Associada a Cuidados de Saúde”, publicações editadas no âmbito da parceria entre o Centro Regional do Porto da Universidade Católica e a Santa Casa da Misericórdia do Porto, certos do seu interesse e actualidade.
Deixe um comentário