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Código ISBN

A impressão digital do livro

O que é e para que serve o ISBN? Um código cuja história começa em 1965, no Reino Unido, e que hoje é mundialmente utilizado.
Neste artigo explicamos tudo o que é importante saber sobre o ISBN!

O que significa ISBN?

ISBN significa International Standard Book Number.
Segundo a International ISBN Agency, trata-se de um código único internacional que identifica cada título, edição e formato de publicações não periódicas, sendo fundamental para uma cadeia eficiente e eficaz de distribuição de livros. A International ISBN Agency, ou Agência Internacional de ISBN, é a autoridade que controla o sistema a nível global.

Em português é designado como “Número Internacional Normalizado de Livro”1, mas atrevemo-nos a dizer que toda a gente o conhece principalmente pela sua sigla em inglês.

A história por detrás do ISBN

Em 1965, a WH Smith (a maior empresa livreira independente do mercado retalhista de livros do Reino Unido) anunciou que em 1967 planeava mudar para um armazém informatizado. Portanto, queria um sistema de numeração normalizado para os livros que comercializava2.

Foram então contratados consultores para trabalhar em nome de seus interesses, nomeadamente o British Publishers Association's Distribution and Methods Committee e outros especialistas no mercado livreiro do Reino Unido2.

Consequentemente, em 1966 foi desenvolvido o sistema Standard Book Numbering (SBN) que viria a ser implementado em 19672.

  • O SBN era composto por 9 dígitos, incluindo um “dígito de controlo” final para validar o código3.
  • O Reino Unido foi o primeiro país a adotar um número “normalizado” de livro3.
  • A J Whitaker and Sons Ltd. foi a primeira agência de registo e atribuição de códigos no mercado livreiro3.

Como se passou do SBN para o ISBN?

Rapidamente, a RR Bowker nos Estados Unidos da América e bibliotecas nacionais e serviços bibliográficos em países como Canadá, Austrália, Dinamarca, Suécia e Holanda também quiseram aderir ao sistema3.
Por isso, o Technical Committee on Documentation (TC 46) da International Organization for Standardization (ISO) criou um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de adaptar o SBN britânico para aplicação internacional2.

Em 1968 foi realizada uma reunião com representantes da Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Noruega, do Reino Unido, dos Estados Unidos da América e um observador da UNESCO.

Outros países contribuíram com sugestões escritas e manifestações de interesse2. O relatório da reunião foi partilhado com todos os países membros da ISO.

Em 1969, o grupo de trabalho reuniu novamente em Berlim e Estocolmo para analisar os comentários efetuados ao relatório e as propostas subsequentes. O resultado de todas essas reuniões foi a aprovação do International Standard Book Number (ISBN) em 19702.

  • O número foi aumentado para 10 dígitos3 (ISBN-10).
  • Tornou-se uma Norma Internacional de codificação de livros elaborada sob os auspícios da ISO3.
  • Foram designadas Agências Nacionais para registo e atribuição de códigos nos países aderentes.

O ISBN manteve-se sempre igual?

Embora a estrutura básica do ISBN, conforme definida em 1970, não tenha mudado, a norma original (ISO 2108) foi sendo revista e atualizada à medida que os livros e os conteúdos de formato semelhante a livros surgiram em novos suportes e o número de países aderentes foi aumentando:

  • ISO 2108:1978 (revogada) Documentation — International standard book numbering (ISBN).
  • ISO 2108:1992 (revogada) Information and documentation — International standard book numbering (ISBN)Especifica a construção de um ISBN e a localização da impressão do número na publicação.
  • ISO 2108:2005 (revogada) Information and documentation — International standard book number (ISBN)  — Especifica a construção de um ISBN, as regras para a sua atribuição e utilização, os metadados que devem ser associados à atribuição do ISBN e a administração do sistema ISBN. Altera o ISBN para um identificador de 13 dígitos. A versão portuguesa está disponível em: http://ftp.sdum.uminho.pt/normasipq/NPISO002108_2009.pdf
  • ISO 2108:2017 (revista e confirmada em 2023) Information and documentation — International Standard Book Number (ISBN)Especifica a aplicabilidade da norma às publicações monográficas por ela abrangidas, independentemente de se destinarem à venda ou distribuição gratuita.

Mais de 50 anos volvidos desde a aprovação da ISO 2108, a norma está atualmente em vigor em mais de 200 países e territórios3.

A ISO 2108:2017 estabelece as especificações para o Número Internacional Normalizado do Livro (ISBN) como um sistema internacional de identificação, único para cada formato ou edição de uma publicação monográfica não periódica, editado ou produzido por um determinado editor e que esteja disponível ao público. Especifica a composição de um ISBN, as regras para a sua atribuição e utilização, os metadados que devem ser associados à atribuição do ISBN e a administração do sistema ISBN. A ISO 2108:2017 é aplicável a publicações monográficas (livros), não a obras textuais (conteúdo). As publicações monográficas incluem secções ou capítulos individuais, quando estes são disponibilizados separadamente, e alguns tipos de produtos relacionados que estão disponíveis ao público, independentemente de tais publicações se destinarem à venda ou distribuição gratuita. […]4

Por outro lado, devido ao número continuamente crescente de publicações e aos diferentes formatos em que estas são disponibilizadas ao público, o código ISBN passou a ser constituído por 13 dígitos (ISBN‐13) a partir do dia 1 de janeiro de 2007. Esta alteração tornou possível convertê-lo facilmente em código de barras na sequência da harmonização do formato ISBN com o sistema de código de produto EAN-UCC. Consequentemente, permitiu melhorar a eficiência da cadeia de distribuição do mercado livreiro a nível mundial.

De que forma é atualmente constituído o ISBN?

O código ISBN-13 é sempre composto por cinco elementos. Quando impresso, deve ser precedido pelas letras ISBN e os diferentes elementos devem estar separados dos restantes por um hífen.

Tomando como exemplo o ISBN 978‐972‐54000‐2‐9, cada elemento tem o seguinte significado1:
978 – Prefixo da indústria (neste caso, 978 significa publicação de livros).
972 – Identificador do grupo de registo (agrupamento nacional, geográfico, linguístico ou outro; para Portugal pode ser utilizado o identificador 972 ou 989).
54000 – Identificador do registante (editor, chancela ou marca editorial; 540 significa UCP Editora
).
2 – Identificador de edição (distinto para cada formato, por exemplo, capa cartonada e ebook).
9 – Dígito de controlo (calculado usando um algoritmo específico).

Quem gere o sistema ISBN?

O sistema ISBN é controlado pela Agência Internacional de ISBN. Esta entidade esteve sediada em Berlim durante mais de 30 anos, mas em abril de 2006 mudou a sua sede para Londres, no Reino Unido5. Nessa altura, cada agência nacional passou a pagar uma quota anual6.

A Agência Internacional de ISBN é responsável por

  • supervisionar a utilização do sistema,
  • aprovar a definição e estrutura dos identificadores de grupo de registo (linguísticos ou geográficos) e
  • delegar poderes às Agências Nacionais designadas em cada país6.

Existem hoje 150 Agências de ISBN nacionais ou regionais em todo o mundo, constituindo uma rede local de um sistema global coordenado pela Agência Internacional de ISBN. 

Em Portugal, quem atribui o ISBN?

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, a entidade responsável pela organização anual da Feira do Livro de Lisboa, é a Agência Nacional de ISBN desde 1988, tendo a seu cargo, nomeadamente6:

  • a atribuição de números de identificação a monografias, i.e., a publicações não periódicas editadas em Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Timor Leste;
  • a atribuição de identificadores de editores;
  • o fornecimento do Manual ISBN aos editores e
  • a promoção da utilização do sistema a nível nacional.

O ISBN é obrigatório em Portugal?

Em Portugal, o ISBN não é obrigatório por lei. Contudo, é imprescindível para publicações destinadas à venda no mercado livreiro ou no mercado das bibliotecas a nível nacional e internacional. Para mais informações sobre a atribuição de ISBN em Portugal, poderá contactar diretamente a Agência Nacional de ISBN ou consultar o Formulário de Pedido disponível aqui.

Para que serve o ISBN?

O ISBN permite identificar de forma inequívoca uma determinada publicação/edição de publicação de um editor específico.

Assim, possibilita a recuperação e a transmissão de dados em sistemas automatizados, facilitando a pesquisa e a atualização bibliográfica, bem como a interligação de bibliotecas e arquivos6.

O ISBN é ainda a base dos sistemas de venda de livros em plataformas online que operam a nível nacional ou mundial.

Conheça as principais vantagens do ISBN

A atribuição de um identificador internacional único (ISBN) às publicações monográficas não periódicas7,8:

  • Evita a manipulação de extensos registos descritivos, poupando tempo e custos e reduzindo erros de cópia.
  • Permite diferenciar claramente diferentes formatos e edições de um livro, impressos ou digitais, garantindo que os clientes recebam a versão solicitada.
  • Facilita a compilação e atualização dos catálogos do comércio livreiro e das bases de dados bibliográficas como os catálogos de livros impressos, permitindo que as informações sobre os livros disponíveis possam ser encontradas com facilidade.
  • Proporciona um método eficiente e rápido para encomendar e distribuir livros.
  • Possibilita um processo rápido e isento de erros por ser legível por máquinas através do código de barras EAN de 13 dígitos.
  • É necessária para os sistemas eletrónicos de venda e gestão de stocks das livrarias.
  • Permite efetuar a acumulação de dados de vendas, possibilitando a análise do desempenho dos diversos produtos, formatos e edições, bem como comparações entre diversas áreas temáticas e até diferentes editoras.
  • Em alguns países é a base dos sistemas de gestão de empréstimos usados nas bibliotecas, permitindo remunerar os autores e ilustradores de modo proporcional ao número de vezes que os livros são emprestados.

Se ao leitor comum pouco pode interessar saber todos estes pormenores sobre o ISBN – aquele número de 13 dígitos que se encontra na ficha técnica ou na contracapa de um livro – saberá com certeza que é o número que identifica aquele livro que tem nas mãos ou que pretende comprar. Já para os operadores do mercado livreiro, e a UCP Editora não é exceção, falar de ISBN é falar da base de todo o sistema de fornecimento e venda de livros. A base que melhorou a eficiência e a rentabilidade do setor e permitiu vender as suas obras à escala global.

Se tem dúvidas sobre o título de um livro, procure-o pelo ISBN!

Por exemplo, se pesquisar o exemplo de ISBN acima indicado, ISBN 9789725400029, no nosso site, na internet em geral, ou em qualquer livraria, irá encontrar uma das primeiras obras editadas pela UCP Editora!

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