Correspondência de Alexandre F. Morujão com a Escola de Braga
Ana Cristina Cunha | Carlos Morujão | Luís Lóia | Teresa Dugos-Pimentel
Desde o princípio da reflexão cristã que o conceito de carne teve uma semântica vasta e, muitas vezes, díspar. Os primeiros Concílios da Igreja são disso uma prova, assim como todas as lutas contras as mais variadas heresias. Foi São Justino quem usou pela primeira fez o termo Encarnação: (Apologia Prima Pro Christianis, n.º 32). Depois disso, foi longo, e fecundo, o caminho até ao Concílio de Calcedónia. Michel Henry faz uma oportuna inversão da Fenomenologia e define, desde L' Essence de la Manifestation, sua primeira grande obra, conceitos importantes de corpo, individualidade, subjetividade, afetividade, imanência, ipseidade. A imanência, anterior à transcendência, é manifestada na subjetividade; a subjetividade é a possibilidade de sentir, de se constituir pelo sentir-se afetado; a imanência é a essência da transcendência (L' Essence de la Manifestation, p. 309). A primeira imanência é a afetividade, esse sentir-se afetado, sentir-se a si mesmo sem medição, dado em si, sem experiência prévia, como manifestação, automanifestação. A influência de Mestre Eckhart é muito presente: quem quiser contemplar Deus, deve ser cego (Tratados e Sermões, p. 226). Toda a mediação é desnecessária para se ter acesso a si mesmo, é a experiência da Vida que se manifesta e funda cada Si, é a Verdade, é a arqui-subjetividade que se revela na Carne como matéria fenomenológica pura. Única em cada Homem na unicidade de cada pathos, como Parusia do Absoluto, da Vida absoluta que não é um conceito, uma abstração (Incarnation, p. 193), mas uma experiência fenomenológica na qual se é surpreendido como Vivente, participante desse Primeiro Si Vivente (Paroles du Christ, p. 107), que é o Verbo Encarnado. A Encarnação do Verbo é a geração na carne de Deus e a revelação de Deus na carne (Ibidem, p. 106).
Uma breve introdução à leitura de Michel Henry e ao que sobre ele aqui se escreve
Arnaldo de Pinho
Introdução ·
Capítulo I. A formulação do dogma da Encarnação
Capítulo II. Michel Henry e a Fenomenologia
Capítulo III. A Fenomenologia da Vida
Capítulo IV. Fenomenologia da Carne
Capítulo V. A Encarnação de Cristo
Capítulo VI. A receção de Michel Henry e a Teologia da Encarnação
Capítulo VII. Uma Cristologia Henryniana: a Cristologia da Encarnação
Conclusão
Bibliografia
Posfácio
Luís António Umbelino
Correspondência de Alexandre F. Morujão com a Escola de Braga
Ana Cristina Cunha | Carlos Morujão | Luís Lóia | Teresa Dugos-Pimentel
Colóquio Internacional Michel Henry
Américo Pereira | Ana Paula Rosendo | Ângela Lacerda Nobre | Carlos Morujão | Cassiano Reimão | Janilce Silva Praseres | Jean Leclercq | João Elton de Jesus | José Manuel Heleno | José Maria Silva Rosa | Nilo Ribeiro Júnior | Nuno Miguel Proença | Sâmara Araújo Costa | Samuel Dimas
Teólogos do mundo deliberam
Christoph Theobald | Dries Bosschaert | Gilles Routhier | Mathijs Lamberigts | Pedro R. Ferreira Oliveira
O contributo de Michel Henry para a Teologia da Encarnação
Por favor faça login primeiro.
LoginPara o bom funcionamento e melhoria da experiência de navegação, utilizamos cookies no nosso website. Ao continuar na nossa loja online concorda com a nossa Política de Cookies.
Crie uma conta gratuita para usar a lista de favoritos.
Login
Deixe um comentário