na segunda metade de oitocentos (1850 - 1910)
Afonso Rocha | António Almodovar | António Braz Teixeira | António Sepúlveda Soares | Arnaldo de Pinho | Eduardo C. Cordeiro Gonçalves | Ernesto Castro Leal | Fernando Guimarães | J. Pinharanda Gomes | Jorge Coutinho | Jorge Teixeira da Cunha | José Acácio Aguiar de Castro | José Esteves Pereira | José Gama | Manuel Linda | Maria Manuela Brito Martins | Nuno Ornelas Martins | Paulo Ferreira da Cunha | Ricardo Tavares
Contrariando a tradição do séc. XIX, um pensador tão importante como J. Habermas advogou, recentemente, por uma tensão dinâmica entre fé e razão, entre filosofia e religião, tensão dinâmica que é necessário cultivar nas sociedades crescentemente secularizadas de tradição cristã. Ele retomou esse tema em 2004, no colóquio académico com o cardeal Ratzinger, na Academia Católica da Baviera, em Munique. Aí Habermas defendeu que, sob as condições de secularização do saber, de um poder estatal neutro e de uma liberdade religiosa generalizada, “toda a Religião deve renunciar à pretensão de estruturar uma forma de vida em sua totalidade”, mas que, por outro lado, “a neutralidade cosmovisiva do poder estatal, que garanta a todo o cidadão as mesmas liberdades éticas, é incompatível com a generalização política de uma visão secularizada do mundo”. Ora o fundamento racional destas últimas exigências baseia--se em que as grandes religiões universais estão na origem da genealogia da razão: “A filosofia tem razões para situar-se frente às tradições religiosas na disposição de aprender”, já que estas últimas, e concretamente o Cristianismo, pertencem às origens da genealogia da razão.
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