Um diálogo entre o padre João Resina e o filósofo Sottomayor Cardia
António Araújo | António Marujo | Carlos Leone | José Pedro Castanheira | Pedro J. Silva Rei
Enquanto categoria ética, a esperança assume-se como um elemento decisivo e estruturante que impele o ser humano ao desejo de renovação, levando-o a agir, a questionar-se e a reestruturar-se enquanto indivíduo.
É a esperança que configura a nossa entidade, que nos permite superar dificuldades, descobrir e construir novos caminhos e diferentes perceções da realidade. Esperar não é, portanto, uma atitude de otimismo perante o futuro; é, antes, uma atitude indagadora e transfiguradora do presente, perspetivando- se, já no presente, um futuro que se espera alcançar.
A novidade desta obra consiste precisamente em olhar a esperança como sentido, estilo e impulso para a regeneração da proposta moral. Alicerçado em algumas categorias da moral fundamental, o nosso estudo pretende ser fonte de inspiração para a transformação do ser e do agir do crente.
Índice
Siglas e abreviaturas
Introdução geral
CAPÍTULO I
A redescoberta da spes no século xx
Introdução
1. A filosofia da esperança
1.1. Uma hermenêutica da esperança em Ernest Bloch
1.1.1. Das Prinzip Hoffnung
1.1.2. A utopia concreta como docta spes
1.2. Algumas das chaves da filosofia da esperança em Gabriel Marcel
1.2.1. Tópicos para uma fenomenologia da esperança
1.2.2. A esperança como resposta iluminadora às objeções do presente
1.2.3. Uma brecha transcendente na esperança: o “Tu” absoluto
2. O resgate da esperança na teologia
2.1. A esperança na teologia moltmanniana
2.1.1. A esperança como princípio arquitetónico da teologia de Moltmann
2.1.2. A esperança da fé: uma analogia criativa
2.1.3. Esperança e moral cristã: compromisso com o presente e abertura para o futuro
2.2. O tema da esperança na visão teológica alfariana
2.2.1. A especificidade e evolução da esperança na perspetiva de Juan Alfaro
2.2.2. O “tempo” da esperança: o “já” e o “ainda não”
2.2.3. Uma ética da esperança
Conclusão
CAPÍTULO II
A valorização da esperança na teologia flechiana
Introdução
1. José-Román Flecha: o autor e a obra
1.1. Um percurso pessoal inspirado pela esperança
1.1.1. Vida esperançosa: um sonho desde o princípio
1.1.2. Roma: o nascimento da moral flechiana da esperança
1.2. A proposta teológico-moral de José-Román Flecha
1.2.1. A aliança de Deus, fundamento bíblico da moral
1.2.2. Uma ética dialógica: o caminho da moral
1.2.3. A esperança como “bússola”: o horizonte da moral
2. Centralidade e características da esperança bíblica
2.1. Alguns tópicos do dinamismo da esperança no AT
2.1.1. A tridimensionalidade da esperança
2.1.2. Itinerário do crente no Deus das promessas
2.1.3. O anúncio dos Profetas: luta pelas autênticas esperanças
2.2. Jesus, o Profeta da esperança
2.2.1. A realização da Esperança de Israel
2.2.2. Jesus Cristo: o horizonte da nossa espera
2.3. A esperança no âmago do pensamento paulino
2.3.1. A ressurreição de Jesus como fundamento
2.3.2. A esperança e a vida cristã
2.3.3. Uma moral das virtudes teologais
3. A esperança como categoria interpretativa da moral fundamental flechiana
3.1. A responsabilidade que brota da esperança
3.1.1. O homem enquanto agente do comportamento moral
3.1.2. O desígnio da liberdade responsável
3.1.3. Responsabilidade moral concreta e esperança agónica
3.2. Atos e atitudes: a sabedoria esperançosa
3.2.1. Os atos morais como indicadores do “Kairós” de Deus
3.2.2. A relevância da atitude moral
3.3. Lei e consciência moral: um espaço para a utopia 358
3.3.1. A complexa realidade da lei
3.3.2. A perceção da consciência moral fundada na esperança: alguns pressupostos
3.3.3. A consciência moral enquanto “espaço para a esperança”: juízo prospetivo e virtuoso
3.4. Pecado e conversão: da renúncia à constância na esperança
3.4.1. As coordenadas antropológicas do pecado
3.4.2. O pecado como frustração da esperança
3.4.3. A conversão no panorama da espera: a dialética entre o ideal da virtude e a sua concretização
Conclusão
CAPÍTULO III
A esperança como sentido, estilo e impulso para regeneração
da proposta da moral fundamental
Introdução
1. A esperança na moral fundamental e a moral fundamental da esperança: dimensões de uma espera significante
1.1. Dimensão teologal: uma esperança que inspira a peregrinação
1.2. A dimensão histórica como aprendizagem a esperar e co-esperar: âmbitos essenciais para uma moral da esperança
1.3. Dimensão existencial: diz-me o que esperas, dir-te-ei como proceder
1.4. Dimensão moral: uma ética de fronteira fundada na esperança
2. Ser esperança: a moral fundamental promotora de um “estilo esperançoso”
2.1. Liberdade esperançosa: busca permanente do bem
2.2. Consciência: eco esperançoso da voz do Espírito
2.3. Responsabilidade: o conteúdo de uma esperança em ato
2.4. Estilo misericordioso: o excesso de dom na espera de Jesus
3. Agir com esperança: gerar e curar como paradigma da ação moral esperançosa
3.1. A esperança enquanto gestação criativa e utópica: do aguardar à ação esperançosa
3.2. A cura como epifania do agir com esperança
3.2.1. Acompanhar: auscultar com esperança
3.2.2. Discernir: apelo aos bens da espera
3.2.3. Integrar: a cura lograda pela espera
Conclusão
Conclusão Geral
Bibliografia
Um diálogo entre o padre João Resina e o filósofo Sottomayor Cardia
António Araújo | António Marujo | Carlos Leone | José Pedro Castanheira | Pedro J. Silva Rei
Não podemos ignorar
Ana Paula Banza | António Vaz Pinto, SJ | Arnaldo do Espírito Santo | Francisco Martins Ramos | Isabel Almeida | Manuel Cândido Pimentel | Manuel Ferreira Patrício | Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel | Maria Teresa Amado
Américo Pereira | António Martins da Costa | Dom Joaquim Mendes | Isabel Alçada Cardoso | João Duarte Lourenço | João Marcos | José Jacinto Ferreira de Farias | José Maria Cortes | Maria Manuela de Carvalho | Nuno Brás da Silva Martins
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