Esta obra tem como tema central o estudo da Arte Pública nos Centros Comerciais, desde a segunda metade do século XX até aos dias de hoje. O estudo de algumas das principais perspetivas e problemáticas sobre a disciplina de Arte Pública demonstrou que esta constitui uma excelente via para elevar a experiência pessoal da visita aos Centros Comerciais. Por outro lado, a forte vocação para o desenvolvimento de acções de Responsabilidade Corporativa, por parte dos promotores dos Centros Comerciais, fazem dela o chapéu ideal para financiar um projeto desta natureza.
Na abordagem teórica da Arte Pública revisita-se alguns dos especialistas como Malcolm Miles, Siah Armajani, Jurgen Habermas, Antoni Remesar e Javier Maderuelo. Reflete-se sobre a questão fundamental da intersecção da Arte e da Arquitectura, e de como estas se relacionam ou se sobrepõem. Na abordagem prática são analisados exemplos de Centros Comerciais que já integram obras de Arte Pública nos Estados Unidos da América, Austrália, Canadá, Brasil, Portugal, Espanha e Alemanha. Depois destas reflexões é desenhada uma proposta de Politica de Arte Pública para Centros Comerciais.
Termina com algumas linhas de orientação para a implementação prática desta Política, nomeadamente com sugestões de aplicação da participação cidadã, de diversas formas de Arte Pública (de acordo com o estado de maturidade do Centro Comercial), e ainda o incontornável apoio a jovens artistas ou artistas não consagrados, estimulando-se a criação artística e a criação de públicos.
Apesar de tocar em dois mundos aparentemente distintos, foi possível perceber que a Arte Pública e os Centros Comerciais se potenciam quando se cruzam. Através de um elo de ligação muito forte: a comunidade a quem se dirigem.
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