Poesia e experiência religiosa nem sempre têm em comum a fé, mas partilham a paixão da verdade sobre a condição humana e a exigência de um olhar radical sobre as ‘coisas últimas’.
Por isso, toda a poesia deve passar uma «estação no inferno», diz Dante na abertura de A Divina Comédia, ao convocar-nos para uma viagem dolorosa, mas não resignada, através do mal e da morte. O poeta vai até ao inferno, mas não se rende a ele, e pronuncia uma palavra que ilumina o sonho do bem entregue a cada homem.
Índice
Premissa
O encontro com a poesia na «selva escura» da vida terrena
Uma viagem ao inferno
Os infernos dos poetas e a «esperança da altura»
Continuar a entrar no futuro
Dois textos comentados
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