Estas falas nasceram ao ritmo dos dias que passam. Sentidas e atravessadas pelo olhar de quem as escreve, atingido no dia a dia pela realidade das coisas – ou pelo que das coisas sonhamos e desejamos, ou muito amamos. Falas de perplexidade, de encantamento, de mágoas. Evocações imersas em memórias, esperanças, saudades, perdas e afetos. Respostas do olhar e da fala ao mundo e às pessoas que nos cruzam e atravessam todos os dias. Às vezes impulsos de revolta que a realidade em que transcorrem os dias não pode deixar de suscitar. Às vezes voz antiquíssima partilhada com muitas outras vozes. Convicções, deslumbramentos, modos de ver, tonalidades do afeto e do pensamento que nos faz humanos. Janelas à beira das quais, numas dezenas de quintas feiras à tarde, quem escreveu se deteve por instantes – a ver o mundo passar.
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