Américo Pinheira Pereira | Ana e Rodrigo Rhodes | António Martins | Aristide Fumagalli | Carlos Costa | Fabrizia Raguso | Inês Espada Vieira | Jerónimo dos Santos Trigo | João Barbosa de Melo | João Manuel Duque | Jorge Cotovio | Jorge Cunha | Jorge Ortiga | Juan Ambrosio | Luís Manuel Pereira da Silva | Luís Marinho | Maria Manuel Vieira | Miguel Vale de Almeida | Paulo Renato Costa Pinto | Pedro Maria Godinho Vaz Patto | Sandra Ribeiro | Susana Sá
A publicação “O que conhecemos quando intuímos? A problemática da intuição como interface da filosofia da ciência em Portugal”, aborda uma das mais fascinantes funções do nosso cérebro: o papel da intuição no processo da produção do conhecimento. Durante séculos, a arquitetura do processo de conhecimento oscilou entre as ideias inatas e as ideias adquiridas ou dedutivas. O avanço na investigação das neurociências veio dar uma nova perspetiva a este debate dicotómico, procurando encontrar na perspetiva neurobiológica um processo unificador que valorize as mais variadas fontes do conhecimento. Apesar de atual e inovador, esta tentativa de unificação carece de uma fundamentação globalizante filosoficamente sustentada. É este o contributo desta publicação. O que torna este ensaio aliciante, é a sua “perspetiva improvável”, personificada em quatro elementos essenciais: 1. A abordagem de uma questão tão complexa como a intuição pode fazer com que se ceda à tentação da construção de um discurso hermético e pouco compreensível para a maioria dos leitores. 2. Esta publicação não encarrila numa abordagem tradicionalmente asséptica, mas lança-se num tratamento do processo epistemológico no qual o “hiato gnosiológico” se converte na síntese pessoal da questão central, fazendo entrar no debate autores tão improváveis como Antero de Quental; Immanuel Kant ; Leonardo Coimbra; Karl Popper; Charles Sanders Peirce ou Fernando Gil. Um debate improvável, sem dúvida! 3. Por último, este ensaio apresenta uma proposta arrojada para o futuro do debate de uma teoria do conhecimento. Servindo-se do pensamento inovador do saudoso professor Fernando Gil, é sugerida uma possível chave de interpretação fenómeno da intuição a que chama de “conhecimento íntimo”
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