Neste estudo, reúnem-se elementos da História da Saúde Pública entre a Revolução Liberal de 1820 e o movimento regenerador de 1852, salientando as linhas de (des)continuidade em relação ao Antigo Regime. Incluem-se nesta recolha os enfermeiros, que têm sido omissos ou marginalizados da narrativa de certas orientações historiográficas. Destacam-se a ciência de polícia médicacomo elemento fundador e estruturante da saúde pública, a genealogia do Conselho de Saúde Pública e os avanços, hesitações e resistências à definição da estrutura, organização e campos de intervenção da saúde pública. Num quadro de permanente conflitualidade política e institucional e de miséria social, identificam-se e descrevem-se os principais problemas; referem-se os empregados da saúde, os processos de formação e de regulação do exercício profissional destes agentes, abrangendo as práticas dos enfermeiros, suas competências e organização do seu trabalho. Releva-se, ainda, o papel dos municípios e misericórdias na resolução dos problemas de saúde pública e na governação dos hospitais.
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