Esta obra estrutura-se em cinco grandes momentos: horizonte teologal da obra zubiriana, o Homem como expressão finita de Deus (religação), Deus como aspiração infinita do Homem (religião), o encontro entre a expressão finita de Deus e a aspiração infinita do Homem (cristianismo) e uma súmula das aquisições, limites e perspectivas da obra zubiriana.«O Homem é o modo finito de ser Deus» desponta como uma espécie de motivação que subjaz a todo o texto: por estranho que pareça, o finito aparece como uma realização do infinito sem que tal finitude o menorize, apouque ou desfigure.O assumir da finitude por parte do infinito configura uma poderosa certificação da sua infinitude: esta é de tal ordem que até acolhe o finito sem deixar de ser infinito. O infinito é-o tanto mais quanto menos se fecha sobre si mesmo e quanto mais integra o finito. O finito, neste caso, não constitui uma limitação, nem tão-pouco um acréscimo ao infinito. Constitui, antes, uma presença, uma plasmação, uma epifania.No fundo, o que se pretende é pensar Deus e o Homem como intersignificantes, partindo do princípio de que Deus só é pensável com o homem e de que o homem nunca é pensável sem Deus.
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