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“Compreendes o que vais a ler?” – perguntou Felipe ao alto funcionário da rainha dos etíopes quando fazia caminho a ler Isaías. – “Como posso compreender se ninguém me orienta?” (Act 8,26-39).
Realmente, a Bíblia, escrita ao longo de onze séculos, é a memória e a fina flor da história de um povo, qual lição a ser aprendida por outros povos e pessoas. Mostra Deus a fazer história com os humanos, a entrar nos seus caminhos e a dar-lhes sentido transcendente. Enquanto os deuses das grandes civilizações foram representados em estátuas e imagens materiais e agora enchem os museus do mundo, o Deus da Bíblia só quis ser representado em imagens da linguagem figurativa e hoje enche as vidas e as consciências dos seus fiéis, fazendo-lhes sentir que os ama e que quer que se amem mutuamente. A da Bíblia é a linguagem do amor, da bondade e da fraternidade universal.
Mas as suas formas de expressão oriental e antiga, estando tão longe quanto o Oriente do Ocidente, põem problemas ao leitor ocidental e de hoje, desarmado de ferramentas de interpretação. Este livro oferece-lhas, para penetrar nas suas linguagens, resolver dúvidas e questões, superar eventuais escândalos, descobrir os tesouros da sua mensagem humana e até saborear a revelação divina. Estende pontes de compreensão entre o hoje do leitor e o ontem do autor, para que a Escritura volte a ser o Livro da vida das pessoas que nela encontram, não uma moral, mas o suplemento de alma e o reino da bem-aventurança. Índice
Prefácio
Siglas e abreviaturas
Introdução
PARTE 1 – A PALAVRA INSPIRADA
CAPÍTULO I – NATUREZA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA
1. A inspiração bíblica no limiar do Vaticano II
1.1. Deus, autor principal, e hagiógrafo, causa instrumental
1.2. A psicologia do hagiógrafo no processo da inspiração
1.3. Problemas decorrentes desta explicação da inspiração
1.4. Balanço e considerações conclusivas
2. A inspiração bíblica e o Vaticano II: contributo da Dei Verbum
3. A inspiração bíblica na linha da Dei Verbum e para além dela
3.1. Factores que possibilitaram a viragem
3.2. Perspectiva actual sobre a natureza da inspiração bíblica
Conclusões
CAPÍTULO II – PROPRIEDADES INERENTES À PALAVRA INSPIRADA
1. A Palavra verdadeira
1.1. A verdade da Bíblia como problema
1.2. Perspectivação decisiva na Dei Verbum: princípios interpretativos
2. A Palavra santa
2.1. Narrações de violência física
2.2. Aparentes mentiras
2.3. Imprecações
2.4. A «ira de Deus»
3. A força da Palavra
Excurso: A palavra inspirada e as “sementes da Palavra”.
Inspiração dos livros sagrados de outras religiões
PARTE 2 – A PALAVRA NORMATIVA. O CÂNONE BÍBLICO
CAPÍTULO III – HISTÓRIA DA FORMAÇÃO E DA FIXAÇÃO DO CÂNONE
1. Formação gradual de uma consciência canónica
2. Formação e fixação do cânone judaico
2.1. Formação de uma colecção de livros santos em Israel
2.2. Fixação do cânone do Antigo Testamento no judaísmo
2.3. O Pentateuco samaritano
3. O cânone das Escrituras cristãs
3.1. O cânone do Antigo Testamento para a Igreja
3.2. O cânone do Novo Testamento
3.3. Cânone do Novo Testamento: unidade na diversidade
CAPÍTULO IV – REFLEXÃO TEOLÓGICA SOBRE O CÂNONE BÍBLICO
1. Cânone, Igreja e recepção das Escrituras
2. Critérios de canonicidade
2.1. Critérios externos
2.2. Critérios internos
3. Escritos inspirados perdidos?
4. Depois do cânone
5. O cânone bíblico dos protestantes
6. O cânone bíblico nas Igrejas ortodoxas
CAPÍTULO V – AS PALAVRAS AO LADO DA PALAVRA: OS LIVROS APÓCRIFOS
1. O que são livros apócrifos?
2. Os apócrifos do Antigo Testamento
3. Os apócrifos do Novo Testamento
4. Importância dos livros apócrifos…
4.1. … para conhecer o judaísmo intertestamentário
4.2. … para compreender as origens do cristianismo e o Novo Testamento
4.3. … para a história da fixação do cânone
4.4. … para a história da teologia do cristianismo primitivo
4.5. … para a história da religiosidade e da cultura ocidentais
5. Os apócrifos gnósticos
5.1. O gnosticismo em geral
5.2. Os apócrifos gnósticos da biblioteca de Nag Hammadi
5.3. Proveniência do gnosticismo
5.4. Pressupostos básicos da gnose
5.5. Conteúdos doutrinais do pensamento gnóstico
5.6. A particular sedução do apócrifo Evangelho de Judas
Conclusão sobre o cânone bíblico
PARTE 3 – A PALAVRA FEITA LIVRO. O TEXTO BÍBLICO
CAPÍTULO VI – HISTÓRIA DA TRANSMISSÃO DO TEXTO DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Instabilidade do texto hebraico consonântico antes do 70 d.C.
1.1. Pluralidade textual (300 a.C. – 70 d.C.)
1.2. Os manuscritos bíblicos de Qumrán
2. Estabilização do texto consonântico (70-150 d.C.) .
3. Fixação do texto com sinais vocálicos. Os massoretas
CAPÍTULO VII – HISTÓRIA DA TRANSMISSÃO DO TEXTO DO NOVO TESTAMENTO
1. O estado de conservação
2. Do texto original aos manuscritos do Novo Testamento
2.1. Testemunhos directos: os manuscritos gregos
2.2. Testemunhos indirectos
3. O texto impresso do Novo Testamento. O «texto recebido»
CAPÍTULO VIII – A CRÍTICA TEXTUAL DO ANTIGO E DO NOVO TESTAMENTO
1. Erros na transmissão do texto bíblico
1.1. Erros acidentais ou involuntários
1.2. Erros intencionais ou voluntários
2. Método e regras de crítica textual
CAPÍTULO IX – A PALAVRA TRADUZIDA
A. Traduções antigas do texto bíblico
1. A tradução grega do Antigo Testamento: os Setenta
1.1. Um fenómeno sem precedentes. Importância histórica da tradução
1.2. Importância teológica da tradução
1.3. Valor crítico da tradução dos Setenta
1.4. A tradução dos Setenta na tradição judaica
1.5. A tradução dos Setenta na tradição cristã. A recensão de Orígenes
2. Os Targumîm, traduções aramaicas do Antigo Testamento
3. Versões latinas da Bíblia
3.1. A Vetus Latina: a tradução latina mais antiga da Bíblia
3.2. A Vulgata latina: a gigantesca obra de S. Jerónimo
B. Traduções da Bíblia para línguas modernas
1. Versões inglesas
2. Versões espanholas
3. Versões portuguesas
Conclusão sobre as traduções modernas da Bíblia
Conclusão sobre o Texto Bíblico
PARTE 4 – A PALAVRA INTERPRETADA. HERMENÊUTICA BÍBLICA
CAPÍTULO X – A PALAVRA NO DESAFIO DAS INTERPRETAÇÕES: HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA
1. A Bíblia, primeiro momento hermenêutico de si própria
2. Interpretação das Escrituras no judaísmo
2.1. Hermenêutica por meio do midráš
2.2. O Talmude
2.3. A exegese judaica medieval e moderna
3. Interpretação da Bíblia pelos Padres da Igreja
3.1. Escola alexandrina e escola antioquena
3.2. Os Padres latinos
4. A exegese medieval
4.1. Nos quatro sentidos da Escritura
4.2. Na lectio divina
502 PALAVRA VIVA, ESCRITURA PODEROSA
5. A exegese na época moderna e contemporânea
5.1. Do humanismo a Bossuet
5.2. A hermenêutica bíblica cristã no séc. XVIII
5.3. Depois do séc. XVIII até aos nossos dias
CAPÍTULO XI – A PALAVRA COM SENTIDO PLURAL: A QUESTÃO DOS SENTIDOS DO TEXTO BÍBLICO
1. O sentido literal
1.1. O sentido literal próprio
1.2. O sentido literal translato
2. A problemática do «sentido literal»
2.1. Dois autores, uma mensagem
2.2. Sentido literal único, vários níveis de sentido
3. Superação do sentido literal bíblico e flutuação da sua designação
4. O sentido Espiritual/cristão do Antigo Testamento
4.1. Vários modelos de releitura: relações do Antigo Testamento com o Novo
4.2. Valor próprio do Antigo Testamento
4.3. A «segunda leitura» do Antigo Testamento feita pela Igreja
4.4. O «sentido Espiritual» ou cristão dos textos do Antigo Testamento
APÊNDICE: O sentido acomodatício
CAPÍTULO XII – A PALAVRA LITERÁRIA: MÉTODOS EXEGÉTICOS PARA DETERMINAR O SENTIDO
1.º Momento hermenêutico
A. Métodos diacrónicos ou histórico-críticos
1. As línguas bíblicas e a crítica textual
2. «Crítica literária» («crítica das fontes»)
3. Determinação do género literário
3.1. Importância desta tarefa hermenêutica
3.2. Como determinar o género literário
4. A «história das formas»
4.1. O método em si
4.2. Reservas ao método
4.3. Mérito do Método
5. A «história das tradições»
5.1. Em que consiste?
5.2. Como funciona?
6. A «história da redacção»
6.1. Definição e finalidade
6.2. Prática do método
7. A transmissão oral
8. Conclusão: críticas e valor dos métodos histórico-críticos
8.1. As críticas
8.2. O valor irrenunciável
B. Métodos sincrónicos
1. Análise retórica
1.1. Características da retórica bíblica
1.2. Prática do método
2. Análise narrativa
2.1. Em que consiste e qual a finalidade?
2.2. Elementos principais da análise narrativa
3. Análise semiótica
3.1. Características
3.2. A estrutura geral da narrativa
3.3. As funções e os Programas Narrativos
3.4. A Semiótica e a Bíblia
3.5. Resultados e reservas
4. Leitura «materialista» e abordagem sociológica
5. Abordagem psicológica e psicanalítica
6. Abordagem «canónica»
6.1. A proposta
6.2. Uma crítica
7. A Bíblia na «teologia da libertação»
8. Leitura feminista
8.1. A tendência
8.2. Avaliação
9. Leitura fundamentalista
Conclusão sobre os métodos exegéticos
CAPÍTULO XIII – A PALAVRA VIVA QUE DÁ VIDA: HERMENÊUTICA EXISTENCIAL
2.º Momento hermenêutico
1. Princípios antropológicos
1.1. Trajectória histórica da «hermenêutica viva» da Bíblia
1.2. A hermenêutica existencial, projecto contemporâneo
1.3. A Bíblia de outrora para a vida de hoje
1.4. Hermenêutica existencial e leitura pragmático-linguística
2. Princípios e critérios teológicos
2.1. Princípio teológico: “leitura da Escritura no Espírito”
2.2. Critérios teológicos
3. A Palavra de Deus na vida da Igreja
3.1. A Sagrada Escritura na liturgia
3.2. A Bíblia na pastoral e na catequese
3.3. Bíblia e teologia
3.4. Bíblia e moral
3.5. A leitura orante da Bíblia: lectio divina
CONCLUSÃO FINAL
BIBLIOGRAFIA GERAL
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