A teologia, como «ciência da fé», assente no estudo universitário, assume-se como um processo de abertura — ephata ou ephtah —, que escuta e acolhe discursos «sobre» Deus sempre humanos e capazes do acolhimento de outros discursos igualmente humanos, por vezes estranhos, estrangeiros, e que é necessário escutar com atenção para compreender.
Ephata evoca assim um programa e a tarefa de atenção ao estranho, ao diferente, que nunca termina e implica ouvidos abertos, como sinal de mentes abertas ao que possam aprender do outro.
Sob o título “Teologia e interdisciplinaridade”, não se esgotam aqui as interdisciplinaridades importantes para a teologia, mas apresenta-se um vasto leque de artigos que a relacionam com diversos temas ao serviço do quotidiano, procurando contribuir para os debates sobre o futuro do planeta e da humanidade.
A relação da teologia com a história, com a antropologia, a sociologia, a etnografia, a ciência da religião, a psicologia e psicanálise, os estudos de género - com um notável contributo da teóloga italiana Lucia Vantine (artigo em italiano) - e os Ritual Studies, apresentam-se neste número de abertura da Revista Ephata
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