A existência de uma “Escola” de pensamento no Porto, entre 1850 e 1957, é afirmada por J. Pinharanda Gomes desde há cerca de 30 anos, e a aceitação de uma tal tese tem sido mais ou menos consensual a nível de certo sector do pensamento nacional. Divergindo e questionando Pinharanda Gomes, quer quanto à afirmação da existência no Porto de uma “Escola” de pensamento próprio e específico, no período mencionado ou noutro, quer quanto à conotação das figuras de Amorim Viana e de Sampaio (Bruno) com a “preparação” de tal “Escola”, e da de Leonardo Coimbra com a sua “construção” (juntamente com Pascoaes), A Escola Portuense em questão considera e assume que as principais figuras do pensamento português durante o período invocado, vivessem ou fossem do Porto, de Coimbra ou de Lisboa, tais como Amorim Viana, Antero de Quental, Teófilo Braga, Sampaio (Bruno), Leonardo Coimbra e Fernando Pessoa, não só pensaram todas em termos filosoficamente afins, os do “pensamento moderno”, como, por força da perspetiva “moderna” que souberam adscrever às suas conceções, acusam uma manifesta divergência e mesmo oposição com as conceções e o pensamento das figuras filosoficamente menores que Pinharanda Gomes conota de modo especial com a pretensa e dita Escola Portuense no campo da sua “construção” (Pascoaes) ou de algumas das suas principais manifestações (Álvaro Ribeiro, António Quadros, Afonso Botelho, Dalila L. Pereira da Costa…).
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