O presente trabalho de pesquisa, baseia-se nas noções de justiça, amor e dom, e através de uma abordagem qualitativa procura compreender os diferentes processos através dos quais os actores constroem as suas lógicas de acção e vivem os seus diferentes modos de comprometimento.Trata-se de um estudo de caso - uma das vinte dioceses da Igreja católica em Portugal - através do qual se pretendeu compreender, que sentidos dão os actores à acção que desenvolvem no âmbito do que se designa de acção sócio-caritativa. Para este efeito privilegiou-se a técnica da entrevista e a respectiva análise de conteúdo, numa perspectiva de descobrimento da realidade através dos discursos dos próprios actores.Como ideias principais conclui-se da importância da lógica de dom, enquanto elemento fundamental na construção de relações sociais, e da necessidade de clarificar da noção de caridade, à qual são atribuídos diferentes significados que influenciam diferentes lógicas de acção que podem expressar-se: na gratuidade do dom e na importância do dar-se; no compromisso entre a compaixão e a estratégia que se expressa no profissionalismo do coração; numa caridade laicizada.Pode dizer-se portanto, que no que se refere ao domínio da acção social propriamente dita, a eclesiosfera católica analisada se configura como um mundo de mundos que importa continuar a explorar. Introdução Parte I – Das teorias e lógicas de acção Capítulo 1 – Acção e comprometimento 1.1. O conceito de acção 1.2. Das teorias da acção aos regimes de comprometimento Capítulo 2 – Das lógicas de acção 2.1. Os regimes de acção 2.2. Da compaixão à estratégia Capítulo 3 – Uma eclesiosfera católica plural 3.1. Uma eclesiosfera católica como mundo de mundos 3.2. Entre o amor e a justiça: diferentes regimes de acção Capítulo 4 – O dom – perspectivas para uma lógica de acção Capítulo 5 – Compreender a acção social na eclesiosfera católica 5.1. Enquadramento e percursos metodológicos 5.2. A estratégia metodológica 5.3. O estudo de caso 5.4. A eclesiosfera católica local Parte II – A eclesiosfera: um mundo comum mas plural Capítulo 6 – Alicerces comuns: origem, definição, finalidades Capítulo 7 – Os contextos de acção 7.1. A eclesiosfera católica a partir das representações dos actores 7.2. Os contextos organizacionais 7.2.1. As culturas organizacionais 7.2.2. As perspectivas dos diferentes tipos de actores 7.2.3. Diferentes tipos de organizações e grupos 7.2.4. A sustentabilidade da acção e a sustentabilidade financeira 7.2.5. Aspectos positivos, aspectos negativos e ameaças 7.3. Factores críticos Capítulo 8 – A acção plural 8.1. Os percursos de vida 8.2. Razões do agir 8.3. Os regimes de acção 8.4. Os regimes de comprometimento 8.5. Um mundo de mundos 8.6. Caridade, justiça, profissionalismo do coração 8.7. O dom: práticas e sentidos Capítulo 9 – As lógicas de acção na eclesiosfera católica 9.1. A lógica de comprometimento 9.2. A gratuidade do dom 9.3. O hibridismo no “profissionalismo do coração” 9.4. A caridade laicizada Conclusão Bibliografia
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