Indícios: à escuta dos traços de Deus no sensível contemporâneo é, ainda, um fragmento disperso, talvez mesmo primaveril, à espera de uma outra maturação conceptual das intuições tão-somente invocadas. O nosso intento primordial aqui é o de acolher/escutar originariamente o evento da criação estética em sua auto-manifestação de sentido. Estes Indícios apresentam-se, portanto, como esboços, que, mesmo na sua incompletude, procuram ser já a auto-manifestação de algo profundamente significativo.Declinados em Impressões, Visões e Reinscrições, Indícios procura evidenciar a multiplicidade e a polifonia de rumores acerca de Deus, do modo particular da presença cultural do ‘Verbo que deveio carne e habitou entre nós’. Rastos e traços que permanecem frequentemente invisíveis aos nossos olhos, de tão saturados de objectividade e de crenças que nos tornam indisponíveis para a admiração, para a atendibilidade do paradoxo da realidade. Das escrituras várias às imagens cinematográficas, dos murais pictóricos à invocação poética, da razão filosófica ao saber teologal, tudo é aqui possível indiciação da presença invisível de Deus sensível ao coração. PRELÚDIO
IMPRESSÕES
§1. Pórtico: Invocar a metafora, mover os afetos
§2. Tanta Epifânia quanta Refração
§3. Metamorfoses do Logos
§4. Variações do Verbum
§5. Quando a fe-fiducial nos comove
§6. Consentir assentindo
VISÕES
§7. Visão haptica como estética cinematográfica
§8. Tournant teologal do cinema europeu?
§9. Bestas do Sul Selvagem: antropia, relação e liberdade
§10. E agora, onde vamos?
§11. Quem deseja ser amado?
§12. Pietà, se isto é um homem
§13. Passar a Taprobana: Bill Viola e Stop the pounding heart
§14. Corpo celeste
§15. A Aldeia de Cartão
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