Nesta investigação procurámos tematizar a santidade pessoal a partir dos seus fundamentos, ou seja, a partir das condições de possibilidade de se falar de uma tal participa-ção por parte do homem. Neste sentido, a dissertação é desenvolvida em três passos: em primeiro lugar, a partir dos debates em torno da analogia entis, esta foi entendida não só do ponto-de-vista epistemológico mas também e sobretudo a partir da conceção do ho-mem. Em segundo lugar, apresenta-se a doutrina da eleição em Barth e a Cristologia em Balthasar para fazer emergir os centros de cada um dos sistemas, encontrando em Jesus Cristo a resolução dos impasses que surgiram no primeiro passo. Finalmente, a partir da con-sideração da graça, aborda-se propriamente o sentido da santidade pessoal, na medida em que esta é considerada como participação em Cristo: enquanto grandeza existencial em Barth e enquanto grandeza ontológica em Balthasar. Prefácio
Para uma teologia realmente «cristã»
Apresentação
«Ser santo hoje»
INTRODUÇÃO
1. Âmbito e tema
2. Estrutura, fontes e metodologia
3. Agradecimentos
4. Status quaestionis: a santidade como questão teológica
4.1. A salvação por Cristo: como se processa? Colocar a questão
4.2. Caminhos diferentes: o Oriente e o Ocidente
4.2.1. A deificação no Oriente
4.2.2. A visão beatífica no Ocidente
4.2.3. Um mesmo propósito
4.3. Natureza e graça: uma questão em aberto
4.4. A vocação universal à santidade: que implicações?
4.5. Barth e Balthasar: um longo debate
CAPÍTULO 1
Analogia: momento metodológico
1.1. Intuições fundamentais da doutrina de Erich Przywara
1.1.1. Tensão entre metanoética e metaôntica
1.1.2. Tensão entre transcendentalismo metafísico e metafísica transcendental
1.1.3. Tensão entre metafísica a priori e metafísica a posteriori
1.1.4. Tensão entre metafísica filosófica e metafísica teológica
1.1.5. A analogia entis: confluência de elementos
1.1.6. A fundamentação da analogia no princípio de não contradição
1.1.7. Conclusões finais a respeito da relevância histórica do sistema de Przywara
1.2. A crítica barthiana à analogia entis
1.2.1. Breve percurso teológico
1.2.2. Fundamentos da crítica à analogia entis
1.2.3. O conhecimento de Deus
1.2.4. A crítica à analogia entis católica
1.2.5. A única analogia possível no pensamento barthiano
1.3. A analogia entis no plano do pensamento de Balthasar
1.3.1. A interpretação balthasariana da crítica de Barth
1.3.2. A analogia entis como chave do sistema de Balthasar
1.4. Conclusões preliminares
CAPÍTULO 2
A «eleição» como conceito-chave do sistema barthiano e a relevância da Cristologia de Balthasar
2.1. A doutrina da eleição em Barth
2.1.1. A correção da doutrina da eleição
2.1.2. A eleição de Jesus Cristo
2.2. Eleição e Antropologia teológica segundo Balthasar
2.2.1. A interpretação de Balthasar da doutrina da eleição de Barth
2.2.2. A doutrina da eleição no contexto da teologia deBalthasar
2.2.3. A doutrina da eleição em Balthasar
2.3. Visão de conjunto
CAPÍTULO 3
Graça criada e graça incriada: a participação nasantidade de Deus
3.1. Um longo debate entre católicos e protestantes
3.2. A graça divina segundo Barth
3.2.1. A graça à luz da doutrina da eleição
3.2.2. Crítica de Barth à teologia católica sobre a graça
3.2.3. Justificação e santificação
3.2.4. Há lugar para os «santos» no sistema barthiano?
3.3. Uma perspetiva diferente sobre a graça divina: o contributo de Balthasar
3.3.1. A graça no encontro de liberdades
3.3.2. Vida de Cristo: a graça em nós
3.3.3. Os santos como lugar teológico para a resolução do debate
3.4. Convergências e divergências
CONCLUSÃO
1. Um longo percurso: que é a santidade?
1.1. Antropologia
1.2. Cristologia
1.3. Eclesiologia
1.4. Sacramentologia
1.5. Escatologia
2. Limites da investigação
3. Alguns aspetos finais
Posfácio do autor
O recente magistério sobre a santidade
1. Alguns elementos introdutórios a respeito do texto papal
2. O «gnosticismo atual»
3. O «pelagianismo atual»
4. Algumas reflexões conclusivas
Bibliografia
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